Garis: dedicação silenciosa e trabalho pesado mesmo em meio à pandemia do coronavírus

Eles circulam pelas ruas, avenidas e, pelo menos três vezes por semana cruzam no seu bairro levando embora o que jogamos fora e chamamos de lixo.

O laranja do uniforme deveria chamar atenção dos transeuntes, mas por muitas vezes, esses trabalhadores passam despercebidos pela grande maioria. Porém, se não aparecem, logo percebemos que algo está errado e a reclamação é geral. Há algum tempo, a profissão era marginalizada e somente os que não tinham oportunidades de estudo escolhiam. O cenário mudou e hoje em dia é possível encontrar pessoas com diploma nas mãos dedicando-se à difícil tarefa de ser gari.

Pois bem, com o novo surto de uma pandemia de coronavírus, a cidade literalmente parou, as pessoas se reclusaram em casa e eles continuam o trabalho, em certos dias bem mais que antes do Decreto Municipal.

A reportagem do Portal Alegrete Tudo acompanhou mais uma vez o trabalho dos garis em Alegrete. Na manhã típica de outono desta segunda-feira (23), três caminhões saíram do Parque de Máquinas para o recolhimento de resíduos. Dos 45 servidores lotados na seção de infraestrutura do município, se dividem em sete equipes de trabalho.

Às 4h30min, o trabalho iniciava na Zona Leste, primeiro o amontoador como é denominado, aquele que recolhe os resíduos das lixeiras, colocava os sacos nas ruas. Nem bem clareava o dia, o caminhão com uma dupla já estava recolhendo o lixo.

No bairro Vila Nova, um dos mais populosos o serviço iniciou às 5 h, e o ritmo acelerado para que por volta das 13 h, a coleta seja concluída. Munidos de luvas e máscaras a turma está prevenida. A cada quarteirão, a equipe para e faz uma nova higienização com álcool gel e se precisar substitui a máscara.

De acordo com o secretário Jetter Danzer de Souza, três caminhões operam pelo manhã e no período da tarde mais três caminhões realizam a coleta seletiva de Alegrete. Os dias de maior pico de trabalho é nas segundas e terças-feiras. Além da coleta na zona urbana, existe recolhimento do lixo hospitalar e na Vila do Passo Novo.

Júlio Cesar Santos