Gente que se doa; artesã já confeccionou e distribuiu, gratuitamente, mais de 300 máscaras

Segue fazendo o bem.
Provavelmente, não te faltarão espinhos e pedras.
Pedras, no entanto, servem nas construções 
e espinhos lembram rosas.( Chico Xavier)

O início da matéria se deve às inúmeras ações do bem que se propaga a cada dia em Alegrete. Dentre muitas, que são para arrecadar alimentos e também a distribuição de máscaras e aventais, principalmente para o grupo que está na linha de frente no combate ao coronavírus e para as pessoas que não tem condições de adquirir.

Após a orientação do Ministério da Saúde para que todos passem a usar máscaras para se proteger contra o coronavírus, voluntários em Alegrete se mobilizam para confeccionar e doar os itens de proteção.

A alegretense Ivonette Fontoura é uma das pessoas que abraçaram a causa. Desde o dia 27 maio, a artesã iniciou a confecção para amigas e familiares, na sequência continuou a fazer para distribuir para as pessoas mais necessitadas e àquelas sem condições de adquirir. Ivonette comentou que a proprietária do armazém Pinheiro pediu que ela fizesse em  torno de 90 máscaras que foram doados no local, essas a empresária doou TNT e elástico para auxiliar na produção. O restante do material, pois as máscaras são duplas, tecido e TNT, além da linha o material é doado pela própria artesã.
“Fiz isso pensando nas pessoas que precisam e não tem como comprar, esse vírus está se alastrando, fico preocupada com essa doença. Penso, também, que outras costureiras poderiam fazer, sou artesã estou aposentada tenho bastante tempo para isso, então me propus a fazer essa ação. É muito bom ajudar os outros, inclusive meus vizinhos já levaram algumas máscaras. Continuo rezando que esse vírus acabe logo”- comentou.

No total, até o momento foram mais de 300 máscaras doadas pela artesã.

A filha, Eliane Bastos, orgulhosa como os demais irmãos, comentou que a mãe durante toda vida fez artesanato e costuras. Atualmente como está aposentada, se dedica ainda mais a realizar trabalhos em prol das instituições. “Ela já doou caminhas, casinhas de tecido para Ong OPPA, entre outras. Sempre foi uma pessoa que não mede esforços pra ajudar ao próximo, foi assim com os pais, sogros, uma cunhada que ficou debilitada numa cama por ter fraturado o fêmur. Ela lutou na Justiça para conseguir os diretos dela e realizar a cirurgia pelo SUS. Infelizmente, por conta da espera, mesmo realizando a cirurgia não resistiu e faleceu. Minha mãe nunca desistiu de lutar” – explicou.

Ainda conforme os filhos, ela ajudou vários vizinhos levando e trazendo ao SUS, quando estavam em processo de aposentadoria. Sempre foi uma mãe, esposa, vó, amiga, companheira e muito dedicada, comentam orgulhosos.

Quando surgiu a ideia de fazer máscara de tecido, não exitou em poder ajudar e a distribuir pros vizinhos. Assim ela começou a fazer pra várias instituições e, depois que colocou no Facebook, recebeu inúmeros pedidos. A filha enaltece a ação da mãe que faz de forma voluntária, sem cobrar, entretanto, ressalta que quem quiser ajudar doando tecidos e elásticos, será bem vindo pois dessa forma, ela poderá seguir essa nobre ação que está fazendo.
“É difícil de falar da minha mãe e não dizer só coisas boas, ela é um orgulho pra todos nós, e pra muitos que a conhecem. Eu só postei a foto dela, fazendo as máscaras, com a intenção de que outras costureiras tenham essa boa ação de ajuda humanitária”- finalizou Elaine.