As dívidas bancárias da rede de supermercados Peruzzo levaram a empresa a pedir uma recuperação judicial, na última quarta-feira. Esta é uma ferramenta utilizada para que a empresa não vá à falência.
O administrador, Lindonor Peruzzo, conta que a empresa optou por esta medida para renegociar dívidas bancárias: “Nosso foco é o alongamento de prazos para nos equilibrarmos. Mas não vamos demitir ninguém, nem fechar lojas”, garante. Segundo o empresário, a rede Peruzzo não possui nenhuma dívida com fornecedores e também não está com nenhuma conta em atraso, somente estes parcelamentos bancários, que foram contraídos em anos anteriores.
A recuperação judicial prevê que os empregos sejam mantidos. Através dela, a parte interessada, no caso os supermercados Peruzzo, têm 60 dias para elaborar um projeto para sair da crise financeira. A partir daí, os credores têm 180 dias para aprovar ou não o projeto apresentado. Se o resultado for positivo, se dá início à recuperação; se for negativo, o juiz decreta a falência.
A ação é avaliada em R$ 100 milhões, pelo poder Judiciário. Porém, Peruzzo explica que este é o valor total, incluindo o que já foi pago, mas o que está pendente é um valor menor. Esta é a primeira vez que a empresa recorre a esta medida em 20 anos de história.
O que é recuperação judicial ?
O nome Recuperação Judicial, no setor de falências e concordatas, assusta, mas a medida é uma forma legal que salva muitas empresas em momentos de dificuldade. Essa é a alternativa programada pela rede Peruzzo, que ingressou com processo na 2ª Vara Cível de Bagé no dia 29 de outubro e ainda não foi deferido.
Conforme dados do tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, o processo cível da PGL Distribuição de Alimentos Ltda tem como advogado Hugo Antônio Muniz Silveira, de Rosário do Sul. O valor da ação é de R$ 100 milhões.
Fonte: Jornal Minuano