Grupo da sociedade civil vai trabalhar na prevenção às cheias em pontos críticos da cidade

Se conseguirmos evitar que uma fatalidade aconteça, já é uma grande conquista” planeja o prefeito Márcio Amaral.

Preocupação com famílias das áreas ribeirinhas
Preocupação com famílias das áreas ribeirinhas

Ainda é bem viva na memória de muitos moradores em Alegrete, a lembrança dos acontecimentos das últimas semanas em função das cheias do rio Ibirapuitã. Dias de fortes chuvas que atingiram a cidade bastaram para que o rio elevasse seu nível, causando devastação e desabrigando moradores de diversos bairros. Acredita-se que dezenas famílias possam estar em ocupações em áreas de proteção permanente (APP) com algum risco. A malha de ocupações nestes pontos vem crescendo exponencialmente, com muitas pessoas vivendo em áreas de risco. Uma situação bem notável ao longo de locais são as obras feitas pelos próprios moradores como forma de se proteger da água ou transpor as inundações. Pequenas passarelas de madeira ou até mesmo em alvenaria são frequentes no cenário de comunidades lindeiras aos cursos da água.

Conhecer a realidade dessas famílias e estudar suas necessidades para que os serviços possam efetivar estratégias e encaminhamentos visando a promoção de qualidade de vida, são os objetivos da Prefeitura de Alegrete, que criou um grupo para a atuação preventiva junto às áreas de risco mapeadas no município. A atuação seria em conjunto com a Defesa Civil e outras secretarias e órgãos da prefeitura. Entre as ações, um dos principais pontos serão parcerias com organizações da sociedade, como universidades, para retomada de trabalhos preventivos, que incluem, por exemplo, orientações sobre como as pessoas devem se comportar diante de um caso emergencial que possa acontecer naquelas áreas.

Mais que grades na ponte, muitos acreditam que é melhor investir nos cuidados da saúde mental da população

No dia 8 de julho, realizou-se reunião no Centro Administrativo para planejamento de uma ação voltada para famílias que residem em APPs. Estavam presentes o vice-prefeito Jesse Trindade, a secretária do Meio Ambiente Gabriella Segabinazi, o secretário da infraestrutura Mário Rivelino, a secretária de Promoção e Desenvolvimento Social Iara Caferatti Fagundes, o coordenador da Defesa Civil Joaquim Segabinazzi, o coordenador do CRAS Sul e Norte Márcio Duarte, a representante do setor de Controle de Vetores da Secretaria de Saúde, Luciana Rossi e o presidente da UABA Airton Alende.
O vice-prefeito Jesse Trindade aponta que o assunto das áreas de risco tornou-se prioridade para a prefeituras suas secretarias. “O município trabalhará muito com ações de conscientização e orientação dos moradores”, garante.

A secretária de Meio Ambiente, Gabriella Segabinazi, enfatiza que tanto áreas de risco como APP´s têm sido visitadas para entender as demandas das comunidades destas regiões. “A prefeitura se sensibiliza com essa questão de pessoas que têm, inclusive, risco de morte iminente. Porém, medias acabam caindo em lugares comuns como nova invasão de áreas já desocupadas em outras margens do rio, arroios e outras áreas de risco, tornando o trabalho ineficaz. Esses espaços são, basicamente, áreas de preservação permanente com ocupação, que viram pontos com riscos de problemas geológicos, hidrológicos.”, comenta.

“Nosso governo está sempre pronto para ouvir e, principalmente, agir. São muitos os desafios: focos de lixo, moradias irregulares, esgoto a céu aberto, entre outros. Se todos fizerem sua parte temos convicção de que é possível transformar muitas realidades. Queremos trabalhar para dar o mínimo de segurança para quem vive nesses pontos. Se conseguirmos evitar que uma fatalidade aconteça, já é uma grande conquista” planeja o prefeito Márcio Amaral.

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