Helena, a mulher que está à frente da Liga de Combate ao Câncer há 25 anos

Uma vida dedicada à filantropia. Assim é a história de Helena Carlesso dos Santos, que há 25 anos está na presidência da Liga Feminina de Combate ao Câncer, fora o tempo de voluntariado à entidade.

Com seu jeito calmo, como se passasse proteção, ela é uma líder à frente de muitas mulheres que se dedicam à causa que é pura solidariedade e amor, para ajudar outras pessoas, mulheres, homens e crianças vítimas de câncer.  Uma doença que abala tanto o paciente, quanto seus familiares.

Aos 65 anos, Helena vinha buscando alguém que assumisse a causa, porque quer se dedicar mais a família, aos netos e diz que, agora, uma de suas companheiras acenou que vai tocar este trabalho que exige dedicação e muito amor- Nós vivenciamos os mais variados sofrimentos e temos que ajudar. Até para passar aos mais jovens este espírito de amor ao próximo.

Com seu jeito ímpar, diz que só tem a agradecer a todas que se dedicam à causa e informa que vai ficar assessorando a Citânia de Lima Kiefer que aceitou o desafio e há tempos, também integra a Liga.

Ela entrou como voluntária em 1985 e desde então nunca mais parou. – É uma experiência maravilhosa, porque  mesmo a  gente lidando com essa doença que é terrível para qualquer pessoa, e na carência fica ainda pior, conseguimos dar apoio.

A presidente da Liga, que mora ao lado da sede da entidade, conta que de início fazia muitas visitas nas casas dos pacientes, hoje já não sente tanta força para fazer isso, mas diz que as colegas dedicam esta atenção, o que faz muita diferença. Ela lembrou que o sofrimento ainda a toca muito, quando uma criança tem câncer ou no caso de uma mãe de 40 anos que morreu há pouco e deixou duas filhas.

Até a Citânia assumir, Helena vai todas as tardes trabalhar de voluntária e como presidente da Liga Feminina de Combate ao Câncer de Alegrete  – Temos um grupo de mais de 30 mulheres e todas se dão  muito e considero como se fossem da minha família, salienta.

A Liga de Alegrete tem um cadastro de 400 pacientes oncológicos ativos.

Vera Soares Pedroso