Tropa de elite da BM passará a ser chamada de Bope

Nome segue o modelo adotado em outros Estados, como o Rio de Janeiro

Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), considerado a tropa de elite da Brigada Militar, passará a ser chamado de Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). O nome segue o modelo adotado em outros Estados, como o Rio de Janeiro. A oficialização da troca de nomenclatura e do ganho de status de batalhão foi assinada em uma solenidade, na manhã desta quinta-feira (20), pelo governador José Ivo Sartori.

Com isso, o órgão deixa de responder ao Batalhão de Operações Especiais (BOE) e ganha um comandante próprio. O nome de quem será o responsável pela tropa ainda não foi anunciado. No entanto, nos bastidores, trabalha-se com a informação de que o atual comandante do 11º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Douglas Soares, seja o escolhido. 

O Bope conta com uma tropa de cerca de 60 soldados e será responsável por ocorrências de grande repercussão, como desativação de bombas, negociação de sequestros e buscas a criminosos em matagais.

Foi em uma dessas perseguições a bandidos que o antigo Gate entrou em confronto com homens que assaltaram banco em Ibiraiaras, no norte do Estado. Os brigadianos, que estavam em menor número, acabaram matando seis criminosos no tiroteio

Treinamento especializado

Para entrar no Bope, os policiais possuem treinamento próprio, chamado de curso de Caveiras do Gelo, com duração de 100 dias. Eles devem atuar a pedido do comando da BM e ficarão concentrados em Porto Alegre. 

Batalhão de Polícia de Choque

O BOE também mudou de nome e passa a ser o Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque). No entanto, a estrutura de três unidades no Estado – Porto Alegre, Passo Fundo e Santa Maria – será mantida. Apenas na Capital, o BPChoque tem cerca de 340 policiais.

As principais funções da tropa seguem as mesmas: auxiliar outros batalhões a combater crimes e reduzir indicadores criminais.  

O atual comandante do BOE, que também respondia pelo Gate, considera positiva a alteração. Para o tenente-coronel Claudio Feoli, será possível organizar melhor a tropa e também o orçamento de cada uma. 

 Além disso, nomenclaturas como POE (Pelotão de Operações Especiais) e Patamo (Patrulha Tático Móvel), serão extintas e todos os grupamentos terão apenas um nome: força tática.

Fonte: Gaúcha/ZH