Intercâmbio online, do Emílio Zuñeda, une alunos brasileiros e alemães

Colégio Estadual Emílio Zuñeda, nos seus 64 anos de história, cruza fronteiras em tempo de pandemia
“Para quem pensa que as escolas públicas estaduais ficaram estacionadas em 19 de março de 2020, data da última aula presencial, engana-se.

Aos que imaginam que os professores passaram o ano 2020 em casa de “folga”, é pura imaginação de quem não conhece direito o que é educação pública de qualidade, diz o diretor da escola estadual Emílio Zuneda, Valdoir Dutra Lira, principalmente em tempo de Pandemia Covid-19.

A escola nunca parou, os professores não desistiram e os alunos tiveram sim, “inúmeras mudanças de realidades e comportamentos, momentos de incertezas e medo, porém nunca de abandono, destaca o diretor.
A professora Elenice Alende e sua colega estagiária (IEEOA) Roselaine Melgarejo, ambas atuando no 3º ano do Ensino Fundamental dessa escola,  dizem que a pandemia serviu para “desmascarar” uma realidade física e tecnológica precária em que as escolas públicas vivem, mas também proporcionou crescimento profissional, amadurecimento pessoal e incontáveis momentos de aprendizado.

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A direção da escola entende que o impacto da aula virtual, também trouxe novos horizontes para a educação pública, novos olhares dos gestores, novos comportamentos das famílias, alunos e professores no mundo todo.

E foi pensando em ampliar os horizontes e perspectivas dos alunos, que as professoras Elenice Alende e Roselaine Melgarejo ousaram uma aula virtual entre “crianças brasileiras e alemãs.

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A idéia nasceu a partir do estudo sobre a imigração de povos para o Brasil e a miscigenação da população brasileira. Então, a curiosidade de “como é ser criança em diferentes partes do mundo” foi ganhando espaço no imaginário da gurizada. Com a intenção de ampliar o horizonte cultural de seus alunos, as professoras contaram com o apoio de brasileiros residentes na Alemanha – Cauã Melgarejo Mendonça ( ex aluno EZ) e sua esposa, também brasileira, Anielly Covari Mendonça – o casal foi o ponto de conexão entre os dois países.

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Apresentaram a ideia do encontro virtual para a família Carvalho Bäucher onde mãe brasileira e pai alemão, foram muito solícitos aceitando o convite.

O encontro se deu de forma muito tranqüila e alegre, na quarta-feira, dia 03 de dezembro onde as crianças puderam interagir, trocar experiências e curiosidades comuns da idade. A diferença de língua não foi empecilho em momento algum salienta Valdoir Dutra Lira.
A mãe brasileira foi a tradutora das frases ditas, porém expressões, olhares e sorrisos mostraram que criança é criança em qualquer parte do mundo, elas se entendem e ensinam aos adultos que as diferenças só enriquecem as relações. E como essas experiências enriquecem, enfatizou  o professor Valdoir,  após tomar conhecimento desse intercâmbio cultural, de gostos, sabores e saberes.

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Diante da experiência, as professoras ressaltam a riqueza do momento, a dinamicidade do aprendizado e a relevância da tecnologia na educação. E deixam o seguinte questionamento: “ É justo a escola pública limitar horizontes culturais por falta de verba e interesse dos gestores? É justo um aluno dessa escola conhecer apenas um quadro e um giz, podendo ter o mundo a um clique?”