
O relato da denúncia foi de que o vereador Bocão se utilizava de seu cargo para solicitar valores indevidos e que obrigava assessores a realizar atividades das quais não seriam inerentes à função. Pagamento de contas particulares do vereador, recargas de celulares para seus familiares com rendimento próprio do funcionário. E também existe denúncia de comportamento homofóbico com seu assessor em relação à conduta dentro da casa, impondo que o colaborador de seu gabinete mudasse sua forma de agir.
Pesquisa do Procon mostra enormes discrepâncias em produtos da cesta básica
Durante a sessão a mesa diretora de posse da análise prévia da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, bem como das provas anexadas ao referido documento, em vista dos indícios encontrados e noticiados
à Comissão por meio do ofício nº 170/2022 da Presidência, acabou por formalizar denúncia em face do
vereador Fábio Perez, para que sejam analisados os fatos, consoante o Decreto Lei 201/67 e ao
final seja decidido pelo Plenário pela sua cassação ou não.
Dos Fatos e Provas
Em síntese o denunciante refere que o vereador denunciado “se utiliza do seu cargo para retirar
dos seus Assessores valores indevidos ou solicitar para que os mesmos realizem atividades aos
quais não são de sua obrigação, como, por exemplo, pagar contas particulares do vereador,
realizar recargas de celulares para seus familiares com o rendimento do próprio assessor, além de
atitudes homofóbicas com relação ao mau comportamento dentro da casa, onde o mesmo se sentia
ofendido e constrangido pelo seu modo de agir”.
Ainda, relatou que o vereador denunciado “lhe impunha que mudasse seu jeito de ser”. Anexou algumas provas (Print’s de mensagens e áudios, comprovantes de pagamentos de faturas de energia elétrica, recarga de celular e internet) e solicitou que outros ex-assessores também sejam convocados para testemunharem seu relato”.
Pela análise dos fatos e das provas apresentadas a mesa diretora, acatou e denunciou o vereador
Fábio Perez pela suposta prática de ato de improbidade administrativa. Assim, diante do exposto, a denúncia foi concretizada pelos fatos acima narrados, para que sejam investigados, com base no artigo 55,§2º da Constituição Federal.
Soldado Leal não resistiu a um aneurisma sofrido enquanto perseguia um indivíduo
As provas anexadas pelo denunciante motivaram o vereador Anilton Oliveira pedir vistas para estudo mais profundo das provas apresentadas. A reportagem entrou em contato com o presidente da câmara que disse que iria se manifestar somente na quarta-feira (5), durante o expediente, se fosse contatado. O vereador Anilton Oliveira preferiu não se manifestar fora das sessões para que não haja qualquer alegação de suspeição.
Já o vereador Bocão atendeu a reportagem e justificou que está em atestado médico e vê o caso como perseguição política: uma manobra política, se referiu Perez. Ele sustenta sua inocência e diz que têm provas de defesa. Estranhou que a denúncia veio à tona em sua ausência, sem que pudesse oferecer defesa. “Quero que apurem todas denúncias eu sou inocente e vou provar isso”, destacou Bocão.
Foto: reprodução