Irmãos, autores do crime do João XXIII foram condenados a mais de 36 anos de prisão

Um Juris com muita repercussão na cidade e o mais longo, até o momento neste ano, ocorreu ontem(23).  Os irmãos acusados da morte do alegretense Quetner Lima Menezes, de 22 anos, foram a juri popular. Um menino leal aos amigos, que era muito amoroso com a família, batalhador e cheio de sonhos, teve a vida ceifada pela dupla.

O jovem foi morto com três disparos a queima roupa em 10 de outubro de 2017. Os acusados (irmãos), são filhos do homem que era porteiro do condomínio à época. Em comunhão de vontades e conjugação de esforços, com uma arma de fogo, por motivo torpe e mediante emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima, eles mataram Quetner no pátio do João XXIII.

Presidiu a sessão, o Juiz Rafael Borba, atuando pela acusação o Promotor de Justiça Vinicius Cassol, com defesa da Defensora Pública, Luiza Garcia.

O juri que demorou cerca de oito horas foi o mais longo, até o momento, e causou muita comoção nos familiares e amigos que estavam presentes. A mãe da vítima participou e por várias vezes teve mal estar, assim como o irmão, que por motivo de trabalho não pode estar presente, já que reside em outro estado, mas que passou mal durante o dia. Amigos de Quetner também acompanharam o juri. O clima estava muito pesado – descreveu um deles.

Ao final, os jurados entenderam por condenar os réus pelo homicídio do alegretense. O juiz presidente fixou a pena em 22 anos e 9 meses para o autor dos disparos, que à época, já tinha passagens pela polícia. Já para o irmão que participou como coautor, a pena é de 14 anos e 2 meses, ambos em regime fechado.

Para um dos amigos, a decisão traz a certeza da justiça, algo esperado há mais de dois anos.

O crime:

Quetner foi morto a tiros na madrugada do dia 10 de outubro de 2017 em Alegrete. Os réus (irmãos), são filhos do homem que era porteiro do condomínio à época. Em comunhão de vontades e conjugação de esforços, com uma arma de fogo, por motivo torpe e mediante emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima, eles mataram Quetner Lima Menezes no pátio do João XXIII.

Na ocasião, os réus tripulavam uma motocicleta e deslocaram-se até a residência da vítima, momento em que a encontraram entrando na portaria do prédio, na companhia de seus amigos. Eles desceram da moto e um dos acusados passou a agredir a capacetadas um dos amigos de Quetner, momento em que o réu que naquela época tinha 24 anos sacou a arma de fogo que portava consigo, e efetuou, logo em seguida, os disparos  que alvejaram a vítima no peito, pescoço e crânio. O jovem morreu no local.

Após terem atingido Quetner Lima Menezes com os disparos, os acusados empreenderam rápida fuga do local tripulando uma motocicleta.

Os denunciados praticaram o delito mediante motivo torpe, decorrente de um desentendimento anterior entre a vítima e o acusado de efetuar os disparos, ocorrido momentos antes em um mercado próximo. O fato teria sido desencadeado por suposta discussão anteriormente entre a vítima e o pai dos denunciados, o qual trabalhava como porteiro no condomínio em que Quetner residia com a mãe.

 

Flaviane Antolini Favero