“Juízes” plantonistas das redes sociais precisam de mais sensatez e empatia

O PAT já realizou várias abordagens sobre uma situação recorrente, os comentários em redes sociais.

“Juízes” plantonistas das redes sociais precisam de mais sensatez e empatia
“Juízes” plantonistas das redes sociais precisam de mais sensatez e empatia

É muito comum, os “Juízes” que condenam ou absolvem. Na maioria das vezes, nem mesmo embasamento tem, mas é “prazeroso” expor o pensamento e a crítica sem critério.

A liberdade de expressão é assegurada pela Constituição do Brasil, porém, não significa que o seu exercício permita ultrapassar certos limites de modo a atingir outras garantias constitucionais que atentem contra a dignidade da pessoa humana ou interesses sociais coletivos, uma vez que o direito à liberdade de expressão não é absoluto.

Em Alegrete, muitos casos já foram registrados e alguns foram parar na Justiça.

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Palavras de baixo calão, ofensas e acusações em grupos de “WhatsApp”, “Facebook”, “Twitter”, são situações que podem ser consideradas de crimes contra a honra conforme os artigos 138 (calúnia), 139 (difamação) e 140 (injúria) do Código penal.

Uma das situações mais recente é da alegretense Taylisa Bilhalva. Ela conversou com a reportagem depois de acompanhar os comentários feitos em redes sociais em decorrência de um acidente que sofreu no último dia 20 de dezembro.

Foram quase 150 comentários ofensivos, disse ela. “As pessoas não fazem ideia do que aconteceu. Li comentários de que eu estaria embriagada, que não sei dirigir, que estava em alta velocidade, sem contar que disseram que eu teria problemas mentais” entre outros” – acrescenta.

Taylisa explica que estava com muita dor de cabeça e foi até a casa de uma amiga onde ela fez uso de um analgésico e ficaram tomando chimarrão.

Foto antes do acidente na casa da amiga
Foto antes do acidente na casa da amiga

Quando saiu da residência da amiga, estava melhor, porém, não sabe o que aconteceu, teve um apagão e voltou a si depois do impacto no poste de energia elétrica. Ela ressalta que não teve ferimentos graves, exatamente por não estar em alta velocidade. Os danos maiores foram no carro, nem mesmo no poste de concreto, ocorreu.

Foto pós acidente

Além disso, a alegretense enfatiza que o prejuízo foi dela, o carro é dela e somente ela vai arcar com os danos, portanto, as pessoas deveriam ter o que muitos somente falam, mas talvez, nem saibam o real significado da palavra empatia.

Taylisa há meses está numa rotina incansável de cuidados com os pais, assim como a irmã Roberta.

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Inúmeras vezes, nos últimos meses, ela tem ficado cuidando de ambos no hospital por problemas de saúde.

Ela consome álcool socialmente, mas nunca quando sabe que terá que dirigir e lembra o quanto algumas palavras machucam pessoas que não deveriam ler.

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Fica mais uma vez o alerta para que as pessoas busquem saber mais para depois, talvez, tecer algum comentário.

Para quem não recorda, o acidente da alegretense foi na noite do dia 20, quando ela bateu contra um poste de energia e foi socorrida até a UPA. O carro teve danos de grande monta, mas ela saiu com ferimentos leves.

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Roberto Monteiro

E o pior, muitos deste “juízes” fazem exatamente o que acusam os outros de fazer… ou seja, neste caso, bebem, dirigem, não obedecem as leis de trânsito…

Luiz

Gente que não tem o que fazer ficam cuidando a a vida dos outros. Bando de guspidor

Luiz

Luiz