Liminar de ministro do STJ decide manter primeiro julgamento do caso Kiss em 16 de março

MP pedia que julgamento dos quatro réus fossem realizados no mesmo dia e local. Luciano Bonilha Leão vai ser o primeiro dos acusados a ir ao banco dos réus.

Por decisão liminar do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Rogerio Schietti Cruz, na sexta-feira (6), o julgamento do primeiro dos réus pelo incêndio da Boate Kiss fica mantido no próximo dia 16, em Santa Maria, na Região Central do RS.

Ministério Público do RS havia pedido que os julgamentos de todos os quatro réus fosse realizado na mesma data e local. Alternativamente, requeria que o júri já marcado fosse suspenso, pois entende que a situação abre a possibilidade para decisões conflitantes.

Os réus Marcelo de Jesus, Mauro Hoffmann e Elissandro Spohr conseguiram o desaforamento dos seus julgamentos, ou seja, que eles sejam julgados fora de Santa Maria, foro original do processo. As defesas alegam segurança dos réus e imparcialidade dos jurados para pedir a mudança.

Com isso, os três réus devem ir ao banco dos réus em Porto Alegre. As datas ainda não estão definidas. A defesa de Bonilha não pediu o desaforamento.

Na decisão do ministro, ele destacou que o desaforamento encontra amparo no Código de Processo Penal e que não há ilegalidade na decisão.

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul já havia negado pedido semelhante.

Os réus responderão pelos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe e emprego de fogo, asfixia ou outro meio insidioso ou cruel que possa resultar perigo comum, consumado 242 vezes e tentado 636 vezes.

O incêndio ocorreu em 27 de janeiro de 2013, durante uma festa na boate. Morreram 242 pessoas e 636 ficaram feridas.

Fonte: G1