Lizi, uma alegretense que venceu suas batalhas e aprendeu a nunca desistir

Talvez o mantra na frase - Sou brasileiro, não desisto nunca - sirva para a história da alegretense Lizi Gabrielli. Ela nunca desistiu de seus sonhos e encara suas batalhas dia a dia.

Casada com Vagner Nunes, mãe da Raíssa Gabriella e Izabeli, em 2021 resolveu sair de sua cidade natal em busca de novas oportunidades. Formada em Serviço Social e qualificações adicionais como técnica em contabilidade, secretariado, Pós-Graduação Lato Sensu em Gestão e Liderança de Equipes e MBA Executivo em Gestão da Qualidade em Saúde e Acreditação Hospitalar.

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Em Alegrete, trabalhou no comércio, seu primeiro emprego de carteira assinada foi na bomboniere Tio Patinhas na Andradas. Também trabalhou na Caal, Izolan. Morou em Santo Ângelo, onde viveu por 4 anos, devido ao trabalho do seu companheiro. Em Santo Ângelo trabalhou na Pipi Pneus, Mundo infantil e por última na loja Alfabeto.

Retornou para Alegrete onde montou um brechó infantil chamado de Repetiko, depois acabou trabalhando na loja Maria Teteia, e depois virou secretaria do consultório do Dr. José Fábio e escritório da então Vereadora na época Cleni Paz. Lizi também foi secretaria voluntária da Banda Marcial Polivalente, e da Federação estadual de bandas e Fanfarras, FEBARGS.

Lizi conta que adquiriu muitas experiências, época que participou do concurso Miss Plus Size, e foi eleita Miss Simpatia Plus Size RS, e também participou da Mais Bela Gordinha do Brasil representando o RS. Após formatura em Serviço Social, foi estagiária da Prefeitura no Cadastro Único Bolsa Família. Em seguida recebeu o convite para ser Coordenadora Adjunta Regional de Saúde na 10ª Coordenadoria Regional de Saúde, onde atuou junto com a Coordenadora Heili. “Encontrei excelentes profissionais que atuam na 10ª na eficácia e a integração das políticas do Sistema Único de Saúde (SUS) nos municípios da região. Oferecendo suporte técnico aos gestores locais sempre com foco na melhoria contínua dos serviços prestados”, destaca.

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A alegretense também foi a Coordenadora Regional de Saúde Mental, supervisionando a regulação de leitos e monitorando os serviços de saúde mental, sempre buscando a excelência na gestão regional.
Durante um período atuou no escritório de Contabilidade Contec, do cunhado Nicelo Chagas e da sua mãe Zeli Paz da Silva. Nas eleições municipais de 2020, tentou a vereança pelo Partido Progressista.

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Novamente saiu de Alegrete, dessa vez para Porto Alegre. Na Capital do RS, uma experiência incrível aguardava a alegretense. Foi contratada como Assessora Política no SIMERS (Sindicato Médico do Rio Grande do Sul), onde atuou diretamente com a presidência e a diretoria na formulação e execução de políticas sindicais externas para o fortalecimento da categoria médica e o aprimoramento da qualidade da saúde.

Em dezembro de 2024, se encerrou o ciclo de 4 anos. “Só tenho gratidão pelos anos de trabalho no SIMERS, em todos que passei até hoje. Foram anos de aprendizado, crescimento profissional e experiências valiosas. Tive a oportunidade de colaborar e conhecer pessoas incríveis, que me ensinaram muito e me ajudaram a evoluir todos os dias. Agradeço a confiança, o apoio e as oportunidades que me foram proporcionadas. Levarei comigo as lembranças e ensinamentos dessa jornada e sempre terei um grande carinho por todos que fizeram parte dessa caminhada. Assim como levo meu Alegrete no coração por onde vou, onde vivem muitas pessoas que amo, sempre que da estou na minha cidade, amo rever pessoas especiais”, resumiu.
Atualmente Lizi, está em busca de novos desafios, oportunidades que possa aplicar suas experiências, e garante por onde passar, levará o Alegrete. “É um pedaço de mim. A mais gaúcha e melhor cidade do RS”, refere-se a sua cidade natal.

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O ano de 2024 foi repleto de desafios. No dia 23 de janeiro, a morte do pai Elisarbe Ramos Oribe, foi um momento de grande dor e perda para alegretense. Em maio, as enchentes que devastaram muitas regiões do estado impactaram Lize. “Embora minha casa não tenha sido diretamente afetada, o sentimento de impotência diante da tragédia foi imenso. Vimos de perto o sofrimento das pessoas e as marcas que o desastre deixou, e, mesmo com o desejo de fazer mais, sentimos uma grande limitação”, pontuou.

O que segundo ela trouxe um pouco de alívio, foi a ação solidária do SIMERS que promoveu diversas iniciativas de apoio às vítimas das enchentes. “Tive a oportunidade de contribuir de alguma forma, o que ajudou a amenizar a sensação de não poder fazer o suficiente. Apesar da tristeza, percebi a importância de estarmos unidos nesses momentos e o impacto que ações coletivas podem ter na recuperação e reconstrução de vidas”, destacou.

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Ainda hoje, ela confessa que as marcas daquele desastre são visíveis, mas salienta a importância da solidariedade. “Juntos, conseguimos fazer a diferença em um momento tão difícil. Ao longo desse processo, aprendi ainda mais sobre a resiliência, o valor da solidariedade e a importância de agir, mesmo quando nos sentimos pequenos diante de tanta dor. Acredito que esses aprendizados moldaram minha visão sobre o papel que devemos desempenhar, tanto nas nossas vidas pessoais quanto profissionais, na construção de um futuro mais justo e mais solidário”, assim a alegretense encara a vida e se prepara para mais uma batalha pessoal.

Fotos: acervo pessoal

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