Parto ocorreu em casa, mas mulher alegou a parentes que teve aborto espontâneo. Segundo delegado, ela confessou o crime e foi presa ao sair de hospital.
Uma mulher de 19 anos foi presa em flagrante, nesta sexta-feira (27), após esconder um bebê em um guarda-roupa, ocasionando a morte do recém-nascido, em Machados, no Agreste de Pernambuco. De acordo com a Polícia Civil, a criança foi deixada em uma bolsa, dentro do armário, logo após o parto, ocorrido na terça-feira (24), véspera de natal.
A jovem foi presa ao receber alta hospitalar, pela equipe de investigação da delegacia local. Segundo o delegado Thiago Uchôa, a mulher alegou que pretendia dar a criança para adoção e, por isso, teria escondido o bebê no armário enquanto ia ao hospital. Entretanto, ela precisou ser internada por perder muito sangue.
“Ela disse à família que teve um aborto espontâneo e que se desfez do corpo na privada. Ela escondeu o bebê no guarda-roupa e achava que receberia alta rapidamente, mas demorou”, disse o delegado.
Grávida de quase 9 meses, ela mentia para o companheiro e alegava estar no quarto mês de gestação. “Ela disse que fez isso porque o companheiro dela não seria o pai do bebê. Ela dizia que estava com quatro a cinco meses, mas já estava perto do parto”, declarou Uchôa.
O homem havia acompanhado a companheira ao hospital. Ao retornar para casa, sentiu um cheiro estranho e acabou localizando o corpo do recém-nascido dentro de uma bolsa e coberto por lençóis, segundo o registro policial. Ele acionou os policiais na madrugada desta sexta-feira (27).
Em depoimento à Polícia Civil, a mulher inicialmente negou, mas depois confessou o crime e foi autuada pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver.
Ela foi encaminhada a audiência de custódia no Fórum de Limoeiro. No começo da noite, o delegado informou que ela foi liberada pela Justiça. O G1 tentou contato com a Justiça para obter detalhes da decisão do juiz, mas não conseguiu até a última atualização desta reportagem.