As sargentos de saúde, Mirta Alves e Sibely Santos Brum do 10º B Log de Alegrete integraram a tropa do RS que esteve na força de pacificação do Complexo da Maré no Rio de Janeiro
Durante 88 dias, as duas militares que foram de Alegrete junto com mais oito gaúchas e toda a tropa do RS tiveram uma dura rotina de trabalho desde que saíram de Alegrete no dia 12 de maio deste ano: “Às vezes dormíamos de farda e até de colete, porque a qualquqer momento poderíamos ter que entrar em operação”, explicam as Sargentos.
Primeiro receberam um treinamento em Santa Maria em revista de pessoal, a fim de atuarem junto aos moradores do sexo feminino, que têm que ser submetidas a esse procedimento de averiguação por outras mulheres. As sargentos também tiveram instrução militar diversificada, com ênfase nos exercícios de tiro e combate em localidade, na Polícia do Exército- PE do Rio de Janeiro.
“Fomos convocadas para a Operação São Francisco II pela 6º – Brigada de Infantaria Blindada, sediada em Santa Maria-RS. Chegamos para substituir a tropa do Rio de Janeiro que iniciou a pacificação”, relataram.
Os militares gaúchos foram os primeiros a levar integrantes mulheres na missão, porque o comando da Operação verificou que, mesmo com todo o trabalho do Exercito, ainda entrava drogas e armas no local.
A Sargento Mirta Alves fala da experiência que ela e a colega Sibely vivenciaram no Complexo da Maré.
Ela explica que na primeira semana foi bem difícil. Uma realidade muito diferente do que conhecemos aqui no Sul. Por exemplo, crianças dirigindo motos sem capacete, ou portando armas, além de muitas adolescentes grávidas pelas ruas, o que lá para eles é normal, considera.
A Militar Sargento Mirta Alves, agora vai atuar no HGUA. Fala que foi uma experiência de vida sem tamanho. Especialmente a mim que estou me formando em Serviço Social. Graças a Deus em todas as revistas que fiz nunca houve apreensão de armas, drogas, rádios ou carros. Mas vi muitos colegas tendo que dar voz de prisão durante o trabalho, considera.
Eu, mais as Sargentos de Saúde, Sibely e a Aline Vitória Pires de São Borja fomos as únicas da Fronteira- Oeste a participar da Operação São Francisco II.
Durante os 88 dias em que ficaram no Rio ficaram alojadas no quartel do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR), no bairro de Bonsucesso, Rio de Janeiro, situado bem próximo às favelas do Complexo da Maré, área em que a tropa do Exército foi empregada.
Também participou da Força de Pacificação do Complexo da Maré, o Cabo Jonas Brito, também do 10º Blog que trabalhou no rancho.
Por: Vera Soares Pedroso