Morre Dona Olga, uma das benzedeiras mais antigas de Alegrete

Ela estava em casa, no bairro Vila Nova. De acordo com uma das netas, Maria Olga Lopes Rodrigues, conhecida como Dona Olga, estava com 89 anos. Ela foi acometida de um AVC e não resistiu.

Denise Pacheco disse que a avó esteve internada na Santa Casa, há seis dias. As sequelas de um AVC alguns meses atrás, a deixaram debilitada e, nos últimos tempos, o quadro piorou.

Dona Olga era uma das benzedeiras mais antigas de Alegrete, estava sempre de bem com a vida, sorrindo, brincando, e jamais deixava de ajudar as pessoas. Ela aprendeu a benzer muito jovem e passou a vida ajudando pessoas doentes acompanhada por ervas, assim como brasa.

Denise disse que a avó era procurada por muitas pessoas, todas sempre eram muito bem recebidas pela benzedeira. Caridosa, sempre oferecia alimentação para aqueles que estavam trabalhando nas imediações de sua casa ou que necessitavam.

Os mais diversos motivos provocavam a procura pelas mãos da popular benzedeira da Vila Nova.”Em uma entrevista ao PAT, durante um encontro de benzedeiras, dona Olga falou que o mau-olhado, cobreiro e virose eram os mais recorrentes.

Denise descreveu que depois da morte do filho, Militão Rodrigues, em fevereiro deste ano, Dona Olga sofreu o primeiro AVC.

As últimas homenagens estão acontecendo na residência, no bairro Vila Nova, na Rua Simplício Jaques, 326. O sepultamento será nesta segunda-feira (16), no Cemitério Municipal. 

Dona Olga deixa seis filhos, netos, bisnetos e tataranetos.

Flaviane Antolini Favero