Graciele Ugulini está detida na Penitenciária Feminina de Guaíba
O juiz Marcos Agostini, da Comarca de Três Passos, negou um pedido da defesa da madrasta do menino Bernardo Boldrini, morto em abril no Norte gaúcho, para poder rever a filha, de cerca de um ano e meio, que era meia irmã do garoto. Graciele Ugulini segue detida na Penitenciária Feminina de Guaíba, na região Metropolitana. O advogado de defesa da enfermeira, Vanderlei Pompeo de Matos, não quis comentar o assunto. A decisão, de primeira instância, foi confirmada pela assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça, para onde Pompeo ainda pode encaminhar um recurso.
Em fim de maio, Graciele também teve negado o pedido de transferência de prisão. Detida em 14 de abril, como suspeita de envolvimento na morte do enteado, ela ficou, de início, na Penitenciária de Ijuí, no Planalto. Agostini, porém, considerou não haver garantia de segurança para Graciele nas casas prisionais de Santo Ângelo, Ijuí e Cruz Alta, e transferiu a enfermeira para Guaíba, em 3 de maio. Na decisão mais recente, o juiz entendeu que não havia segurança para a filha dela no ambiente do sistema carcerário.
Relembre o caso
Bernardo teve o corpo encontrado em uma localidade no interior de Frederico Westphalen, após ficar dez dias desaparecido. A polícia constatou que Graciele e uma amiga, a assistente social Edelvânia Wirganovicz, executaram o homicídio, usando doses do medicamento Midazolan – a madrasta porque entendia que o menino era um ‘estorvo’ para o relacionamento entre ela e o pai de Bernardo, e Edelvânia em troca de dinheiro, para comprar um apartamento.
Segundo a Polícia Civil, o pai do menino, o médico Leandro Boldrini, também teve participação na morte, fornecendo o medicamento controlado em uma receita assinada por ele, na cor azul. Já o irmão de Edelvânia, Evandro Wirganovicz, se tornou o quarto réu do caso, pela suspeita de ter ajudado a fazer a cova onde o corpo do menino foi deixado.