O instrutor de dança alegretense que sofreu grave acidente na Bahia, diz que está vivo graças à solidariedade

Gratidão e agradecimento têm a ver com valorizar verdadeiramente algo ou alguém que lhe oportunizou um benefício ou é fundamental na sua vida. Mas não se trata de algo tão simples quanto pode parecer. Mais do que explicar o sentido das palavras, é fundamental viver a experiência.  Quer um bom exemplo?

O jovem alegretense Glênio Gonçalves da Silva, vítima de um grave acidente no dia 20 de maio de 2019, na Cidade de Luís Eduardo Magalhães, Bahia, está em Alegrete e quer agradecer a todos.

Glênio que é instrutor de dança, é um guerreiro. Em todo esse período foram inúmeras etapas do tratamento. Durante o  tempo em que ficou na Bahia foram muitas doações e orações para ele e a família. O alegretense que está desde setembro em Alegrete, disse que reconhece cada gesto de auxílio e ressalta o quanto os familiares, amigos e até mesmo pessoas que não conhece são solidários e não mediram esforços pra ajudá-lo, “obrigado de coração”- sintetizou.

“Minha recuperação está de vento em polpa, falou ao PAT. Mas ao ser questionado sobre o acidente, Glênio, disse que não lembra de nada, só uma vaga recordação do dia em que os enfermeiros estavam cortando o seu cabelo no hospital em  Luís Eduardo Magalhões- BA.

“Quando cheguei em casa e vi minha mãe(Angela Gonçalves ), pai (Antonio Carlos), meu irmão Flamarion e a Afonsa, pensei assim, “ué” não chamei eles aqui, tentei falar não consegui, assim como não me mexer os membros inferiores e superiores. Nesse momento, pensei: estou mal mesmo. Porém, em nenhum momento me desesperei, só pensei e penso em ficar bem logo” – comentou.

Depois de alguns dias, a fisioterapeuta, na Bahia,  disse para a família que ele deveria voltar a caminhar em quatro meses. entretanto, em menos de dois meses, Glênio já estava caminhando. Não com todo equilíbrio, mas está caminhando desde então.

“Bom, eu quero e preciso dizer às pessoas que façam por merecer e não se desesperem com qualquer situação. Deus faz de tudo pra te ver bem, só tem que fazer por merecer, simples assim. Por abrir os olhos agradeça a Deus, ele é maravilhoso. Então agradeça tudo – comentou.

O alegretense  também citou o amigo Jair Hoffmann que no dia do acidente fez de tudo para que ele fosse atendido o mais rápido possível. A todos de Luís Eduardo Magalhães-BA, sem descrever nomes para evitar cometer alguma falha. Bem como, as pessoas de Buritis-MG que também não mediram esforços para vê-lo bem.

Da mesma forma, Glênio, evidenciou o irmão Ismael e a cunhada Luciele que imediatamente saíram de Alegrete e foram para Bahia. ” Meu irmão e a esposa deixaram seus empregos, naquele período. Baaah tá loco, me ajudaram muito e ainda estão me ajudando. Eles são diferenciados ‘bah’ tá loco. Sem palavras pra agradecer tudo que eles e a família da minha cunhada tem me ajudado. Eu fiquei um mês em coma e fazia quatro meses que eu estava na Bahia depois de três anos em Minas Gerais.” falou emocionado.

Glênio saiu de Alegrete em 2015 e ficou até fevereiro de 2019 quando mudou-se para Bahia. “Agora é seguir a fisioterapia e a fono, que 2020 seja um ano bom pra todos. E mais uma vez obrigado por tudo.” – finalizou.

Glênio, um apaixonado pela cultura gaúcha é instrutor de dança. Na Bahia ele estava à frente das invernadas pré Mirim, Mirim, juvenil, adulto e veterana. Ele também é chuleador e professor da arte.

Flaviane Antolini Favero