Pacientes têm dúvidas e receios quanto à medicação para contaminados pelo coronavírus

Paciente positivado, questiona a falta de medicação, em Alegrete. Na noite de domingo(7), a reportagem do PAT, recebeu um questionamento, de um alegretense que, positivou, na sexta-feira(5) e, ao procurar atendimento médico, no gripário, teve como prescrição, apenas Ibuprobefo, mesmo, segundo ele, relatando desconforto no peito e uma arritmia cardíaca. De acordo com o paciente, ele fez o teste particular, depois de perceber que estava com batimentos irregulares e dor no peito, além de uma pequena indisposição. No gripário, o médico que o atendeu, conforme ele, sem nenhuma queixa em relação ao atendimento, porém, ficou preocupado com a forma em que a doença evoluiu e a única medicação foi para dor e febre. O jovem ressalta que ouviu do profissional de saúde que deveria retornar, caso o quadro evoluísse para uma falta de ar grave, que ele iria saber, pois teria muita dificuldade em respirar. Porém, diante dos novos casos em que a evolução do vírus é muito rápida, a mãe do jovem questiona a falta de outras medicações como o kit, que composto de ivermectina e azitromicina. No domingo, o jovem apresentava um quadro de febre, cansaço e dor no corpo. A temperatura mais elevada, fez com que a mãe dele fizesse uso de dipirona. “Estamos com receio de ficar esperando, até ele ter falta de ar mais severa e o quadro ser grave. Estamos com medo” – comentou.

 

Em agosto do ano passado, a reportagem fez uma entrevista com a Dra Marilene Campagnollo sobre o kit. Ela disse  que os pacientes sintomáticos mesmo com a suspeita da Covid-19 já estavam realizando o tratamento medicamentoso precoce, ou seja, nos primeiros dias de sintomas. De acordo com a Dra Marilene Campagnollo, ocorreu uma reunião entre o grupo de médicos que atuam diuturnamente, na linha de frente no combate ao novo coronavírus e, como não há nenhum protocolo do Ministério da Saúde que determine algum tipo de tratamento, foi definido e realizado um protocolo pelos profissionais, na Santa Casa de Alegrete.

 

Por outro lado, a médica também acrescentou que cada médico, em seus consultórios podem adotar a conduta que julgarem correta, exatamente por não ter um protocolo do Ministério da Saúde. Portanto, além do gripário, os pacientes que procuram atendimento em consultórios particulares também podem usar o mesmo tratamento, se esse for o entendimento do profissional.

Como o atendimento do jovem foi no gripário do IEEOA, a reportagem entrou em contato com a Secretária de Saúde, Haracelli Fontoura, para saber se há protocolo sendo realizado pelos profissionais ou ainda está valendo o mesmo entendimento inicial, onde a medicação era administrada de acordo com o estágio da doença. Pois houve o período em que os remédios eram receitados de acordo com a fase da doença. Se o paciente chega no gripário apenas com sintomas de leves dores no corpo, mesmo sendo positivo ou negativo para doença ele recebia medicação para tratar febre e dores.