O caso aconteceu há um mês no bairro Passo D’Areia
Duas pessoas foram indiciadas pela Polícia Civil pelo crime de maus-tratos contra o cachorro Bud. Waldemar Eduardo Konig Filho, 52 anos, proprietário de uma oficina próximo da casa dos donos de Bud, e seu filho, Maiquel Ruan Konig, 24 anos, são suspeitos de terem ateado fogo ao animal, há um mês, no bairro Passo D’Areia. O inquérito foi concluído no último dia 17.
O delegado Jun Sukekawa conta que as testemunhas que foram ouvidas apontaram que, na noite do crime, o cachorro saiu da casa dos dois indiciados. Na residência, há uma cadela, que estava no cio naquele dia. Por serem donos de uma oficina mecânica, havia galões de gasolina no local.
– Além das testemunhas, vimos que a cadela tinha alguns pelos queimados. Como o Bud teve o pênis necrosado, indica que estava exposto na hora do fogo, ou seja, estava copulando na hora que teve o corpo queimado – explica o delegado Jun Sukekawa, que conduziu a investigação.
O caso foi remetido para o Juizado Especial Criminal. A pena, no caso de condenação, é de reclusão de três meses a um ano. O crime é considerado de menor potencial ofensivo, e a pena poderá ser substituída por serviços comunitários. Em depoimento à polícia, os dois envolvidos negaram envolvimento no caso.
O cachorro segue internado no Hospital Universitário Veterinário, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Ele passou por uma cirurgia no dia 11 de setembro, para retirada do pênis. Nesta quinta-feira, completa um mês que ele foi queimado. O dono do cachorro, o policial militar aposentado Volmor Santos, vai visitar o animal quase todos os dias e não vê a hora de ter o seu companheiro em casa novamente.
– A gente leva comida como carne cozida desfiada, ovo e requeijão porque tiveram de tirar os dentes deles. Além disso, tem a alimentação que ele recebe no hospital. A médica veterinária disse que ele não vai mais ter pelos, mas esperamos que fique bem – explica Santos.
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