Pandemia aumentou consumo e erva mate vai ficar mais cara neste final de ano

Não é novidade para quem gosta de tomar chimarrão que o preço da erva-mate já pesa no bolso. E a previsão é de que o produto fique ainda mais caro. O quilo da erva-mate, que em janeiro custava, em média no Estado, R$ 5,20, hoje está saindo por mais de R$ 10,50.

 

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A venda da erva mate sempre se intensifica no inverno e, neste ano, um fato atípico aumentou ainda mais a comercialização do produto. A pandemia fez com que muitas pessoas ficassem por mais tempo em casa e assim consumissem mais chimarrão.

Mas o aumento da procura aliado com a estiagem que atingiu o setor de produção de erva mate indica que os gaúchos podem notar um aumento no preço do produto nos próximos meses. A avaliação é do presidente do Sindicato da Indústria do Mate do Estado do Rio Grande do Sul, Álvaro Pompermayer.

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A seca que atingiu o setor é o motivo para redução de 30% a 40 % na produção, comparado com anos anteriores. A Argentina também sofre com a seca e eles estão comprando erva do Rio Grande do Sul. Está ocorrendo esse aquecimento do mercado e isso deve fazer com que aumente o preço, embora a indústria esteja tendo dificuldade para repassar o aumento ao consumidor”, explica.

E as notícias não são otimistas: até dezembro, algumas marcas poderão chegar a R$ 20,00, estima o Sindicato da Indústria do Mate no Estado (Sindimate).

No RS o setor sustenta mais de 13 mil pequenos produtores em 267 municípios e enfrenta uma crise tanto no aumento do preço como na redução das áreas plantadas.

De acordo com dados do Sindimate, o RS responde por 60% da produção nacional da matéria-prima do chimarrão, bebida típica dos gaúchos, com uma média de 260 mil toneladas por ano. Segundo o sindicato, outro problema que assola a produção é o uso das plantas na produção de cosméticos, o que tem contribuído para a
diminuição do repasse às indústrias, que são cerca de 200 no Estado. A erva-mate também é produzida no Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Paraguai e Argentina.

 Com informações do Portal da Tradição