Sentado no banco da Praça Getúlio Vargas, ele concedeu uma entrevista à equipe do PAT, revelando detalhes de uma vida marcada pelo trabalho incansável.
“Eu nasci trabalhando e vou morrer trabalhando”, diz Funcho, com um sorriso cansado, porém resiliente. Sua história é entrelaçada com as ruas de Alegrete há mais de quatro décadas, desde que ele decidiu iniciar sua jornada como vendedor ambulante de picolés. “Comecei vendendo picolé, mas ao longo dos anos incluí algodão doce e sucata”, acrescenta.
Apesar da idade avançada e das dores pelo corpo, Funcho não conhece a palavra “descanso”. Ele percorre os bairros da cidade a pé, desde a Vila Nova até a Medianeira, oferecendo seus produtos aos moradores locais. “Eu faço tudo a pé. É assim desde sempre”, afirma com orgulho.
Sua história é uma reminiscência de tempos passados, quando os filhos respeitavam os pais e buscavam sua bênção ao deitar e ao levantar – pontua. O idoso traz consigo essa ética de trabalho e respeito, cultivada ao longo de uma vida dedicada ao sustento de sua família.
Irmãos, autores do crime do João XXIII foram condenados a mais de 36 anos de prisão
Além de vender seus produtos pelas ruas da cidade, Funcho também trabalhou em lavouras de arroz e na construção de barragens. “Me quebrei para calçar barragem e fazer cerca de pedra”, relembra com um misto de nostalgia e orgulho pelo trabalho realizado.
Viúvo e pai de três filhos, ele não se permite descansar. Além disso, destaca que sua aposentadoria não é suficiente para sustentar suas necessidades e continua trabalhando. Sua determinação em garantir o sustento é admirada por todos que o conhecem.
O idoso destaca que não tem celular e, se alguém quiser ajudá-lo, reside na Rua P, número 904, no bairro Nilo Soares Gonçalves, Zona Leste. Em cada sorriso cansado e em cada passo firme, Valdemar da Silva, o Funcho, personifica a essência da alma trabalhadora de Alegrete, inspirando todos aqueles que o conhecem.