Pesquisa comprova aumento do consumo de ansiolíticos e antidepressivos durante a pandemia

A Prefeitura de Alegrete, através da Sedetur/ Procon, com apoio da Vigilância Sanitária, realizou uma pesquisa junto às farmácias de Alegrete sobre o comportamento dos consumidores relacionado ao consumo de medicamentos durante esse período de isolamento social. A pesquisa constatou que, no combate à pandemia mundial da Covid-19, a automedicação e o aumento da procura por medicamentos para depressão, ansiedade, pânico e Insônia, é algo muito preocupante e sugere um alerta dos profissionais de saúde.

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Conforme os relatos das empresas do ramo, através de seus farmacêuticos, houve mudança na busca de medicamento durante este período. Verificou-se um aumento na procura de medicamentos que atuam no sistema nervoso central, no tratamento de depressão, pânico, ansiedade e insônia, provavelmente devido à insegurança que a pandemia impõe a todos neste momento.

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Além disso, a pesquisa feita pelo Procon observa também o aumento na procura de medicamentos citados pela mídia como possíveis alternativas ao tratamento da Covid-19, como antiparasitários (ivermectina), nitazoxanida, sulfato de hidroxicloroquina e azitromicina, muitas vezes sem receita médica, o que é proibido pela Anvisa. Na mesma linha, percebe-se uma forte procura em complexos vitamínicos e minerais que aumentam a imunidade, como vitamina D3, Zinco, vitamina C entre outros.

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O diretor do Procon, Geferson Cambraia, informou que há também relatos de diminuição na venda de remédios destinados às síndromes gripais e afecções respiratórias comuns, provavelmente devido ao isolamento social que inibe a exposição a estas enfermidades. Principalmente nas farmácias que atendem o Programa Farmácia Popular – que distribui gratuitamente medicamentos destinados ao tratamento de hipertensão, diabetes e asma – observa-se um grande volume de procura por estes medicamentos. É importante que a população busque os serviços de atenção à saúde ao sentirem sintomas físicos e emocionais e que evite a automedicação que pode ser extremamente danosa à saúde, alertam a Vigilância Sanitária e o Procon.

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