Polícia Civil, BM e bombeiros protestam contra Reforma da Previdência e atraso de salários

Servidores estaduais bloquearam ruas e se manifestaram em frente ao Palácio Piratini, em Porto Alegre. Categoria reclama do atraso dos salários e pede manutenção dos direitos à aposentadoria.

Servidores estaduais da Polícia Civil, da Brigada Militar (BM) e do Corpo de Bombeiros protestaram, na tarde desta terça-feira (17), contra o atraso nos salários e as mudanças na aposentadoria da categoria proposta na Reforma da Previdência.

A classe reivindica a manutenção dos direitos adquiridos e pede que o governo não mude as regras da aposentadoria, ainda mais em um ano em que pelo menos cinco policiais morreram em serviço.

Por volta das 14h, dois grupos se formaram para se manifestar e bloquearam ruas da Capital. Os policiais caminharam pela pista da Avenida João Pessoa, foram até a Salgado Filho e chegaram ao Palácio Piratini.

Ao mesmo tempo, brigadianos e bombeiros se juntaram na Praça Brigadeiro Sampaio, foram ao Comando Militar do Sul para falar com o comando da BM e seguiram à sede do governo estadual pela Duque de Caxias.

Representantes foram recebidos pelo governo do estado no Palácio Piratini — Foto: Jonas Campos

Representantes foram recebidos pelo governo do estado no Palácio Piratini — Foto: Jonas Campos

Segundo Fábio Castro, vice-presidente do Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores da Polícia Civil (Ugeirm), cerca de 250 pedidos de aposentadoria estão represados há quase dois anos. Ainda assim, ele sustenta, a categoria não deixou de fazer seu trabalho e contribuir com a redução dos índices de criminalidade nos últimos anos:

“A polícia segue trabalhando. Há uma continuidade de um trabalho de muito tempo. Mesmo com todos esses problemas, o que é essencial não deixou de ser feito. É até um argumento para incentivar os servidores e respeitar a legislação vigente.”

Além disso, policiais civis e militares, e bombeiros alertam para o aumento de mortes entre agentes. Somente em 2019 foram cinco policiais (um civil e dois militares) mortos em combate contra criminosos, o que faz com que os servidores demandem uma redução na quantidade de operações especiais.

Fonte: G1