Polícia Civil prende acusado do assassinato do pedreiro em Alegrete

Na manhã desta quinta-feira(26), em cumprimento a mandado de prisão expedido pelo Judiciário, a Polícia Civil de Alegrete realizou a prisão do indivíduo de 21 anos que já havia confessado ser o autor do assassinato do pedreiro Vicente Pereira de Moraes de 59 anos.

Uma semana após o crime, considerado brutal pela forma em que ocorreu, uma equipe coordenada pelo Delegado Valeriano Neto, cumpriu o mandado, no bairro Sepé Tiaraju. Segundo informações, a prisão foi solicitada devido a alta periculosidade do acusado, onde após a Justiça não caracterizar prisão em flagrante, relaxou a prisão executada no último dia 21, dois dias após ser preso.

A equipe da Polícia Civil deu voz de prisão ao acusado que estava em casa no bairro Sepé. Ele foi levado a delegacia onde após registro de cumprimento de prisão preventiva foi levado ao Presídio Estadual de Alegrete, onde está a disposição da Justiça.

Para o Delegado Valeriano, o crime impressionou pela violência com que foi cometido, pois a vítima foi atingida com mais de vinte golpes que faca, que perfuraram áreas vitais, vindo a falecer no local. A Perícia realizou levantamento do local do crime, inclusive na área de papiloscópica.

Na última quinta-feira(19), o homem disse, aos policiais que estava embriagado e que teria ingerido drogas, por esse motivo não recordava com clareza o que ocorreu, disse apenas que as facadas foram desferidas na parte externa da casa, onde o pedreiro foi encontrado. Ele teria demonstrado arrependimento e não informou o motivo da discussão e do desentendimento. “Foram muitas facadas” – teria comentado com os policiais.

O pedreiro foi brutalmente assassinado. Ele foi atingido com mais de 20 estocadas de faca no tórax, a região mais atingida. Vicente também teve um corte profundo na mão o que evidencia que ele lutou para se defender. Além de indícios que, mesmo depois de caído, ele teria sido atingido com mais três facadas na cabeça.

No mesmo dia do crime, o homem já tinha sido preso pela Polícia Civil. Dois dias depois foi colocado em liberdade pelo Judiciário.

Segundo posicionamento do Poder Judiciário, através da Vara Criminal, embora o relatório do Delegado de Polícia informe diligências policiais realizadas de forma ininterruptas, não houve flagrante com o autor do crime cometendo a infração penal, ou logo após o crime. Assim como ter sido perseguido logo depois, em situação que faça presumir ser o autor da infração, ou que tenha sido encontrado logo na sequência instrumentos como armas, objetos ou papéis.

Ainda segundo Judiciário, a ocorrência do homicídio foi realizada por volta das 7h, destacando que o fato teria ocorrido às 4h42 min e, após o trabalho investigativo, realizou-se a prisão. Ele confessou o crime e o flagrante foi lavrado às 21h45min.

O Juiz da Vara Criminal, Rafael Borba, acrescenta que por esse motivo, não poderia ser realizada a prisão em flagrante. Ele poderia ter sido preso mediante representação pela prisão preventiva, manifestação do Ministério Público e eventual decretação pela autoridade judiciária.

Em contato com o Delegado, no dia em que o acusado foi colocado em liberdade, ele disse que a Polícia Civil fez a sua parte, foi um trabalho intenso desde o momento da comunicação do homicídio até a prisão do homem, que confessou aos policiais, no mesmo dia do assassinato. Ele era amigo da vítima, o pedreiro Vicente Pereira de Moraes de 59 anos.

Ainda falou que a autuação em flagrante  teve um único viés, a única intenção que é a proteção da sociedade. A leitura que a polícia faz da legislação é no sentido de interpretar a favor da proteção da sociedade, sempre garantindo os Direitos Constitucionais conquistados ao longo da história e garantidos pela Constituição Federal. De acordo com o Delegado, foram atendidos todos os requisitos legais e constitucionais. O inquérito será emitido e a polícia cumpre às determinações do Judiciário. Porém, o Ministério Público tem legitimidade e pode recorrer – comentou.

Relembre o crime:

O homem acusado de ser o autor do assassinato do paraibano Vicente Pereira de Moraes de 59 anos, trabalhava com ele como servente de pedreiro. O indivíduo de 21 anos era conhecido da vítima.

Na noite de quinta-feira(19), poucas horas depois do crime que chocou familiares e vizinhos, o acusado foi preso em um estabelecimento rural, nos Pinheiros. Com ele foram encontrados e apreendidos o chinelo e as roupas com resquícios de sangue, os quais serão remetidos ao IGP para confronto com material genético da vítima.

Segundo o Delegado Valeriano, o crime impressionou pela violência com que foi cometido, pois a vítima de 59 anos foi atingida com mais de vinte golpes que faca, que perfuraram áreas vitais, vindo a falecer no local. A Perícia para levantamento do local do crime foi acionada de Santana do Livramento e a perícia papiloscópica se deslocou da cidade de Santo Ângelo.

O homem disse que estava embriagado e que teria ingerido drogas, por esse motivo não recordava com clareza o que ocorreu, disse apenas que as facadas foram desferidas na parte externa da casa, onde o pedreiro foi encontrado. Ele teria demonstrado arrependimento e não informou o motivo da discussão e do desentendimento. “Foram muitas facadas” – teria comentado com os policiais.

O pedreiro foi brutalmente assassinado na madrugada de quinta-feira, em sua residência. Ele foi atingido com mais de 20 estocadas de faca no tórax, a região mais atingida. Vicente também teve um corte profundo na mão o que evidencia que ele lutou para se defender. Além de indícios que, mesmo depois de caído, ele teria sido atingido com mais três facadas na cabeça.

De acordo com a investigação e o relato do autuado, que confessou o crime, a vítima conhecia o agressor e a motivação do crime teria sido um desentendimento entre ambos.

 

Flaviane Antolini Favero