Policiais de Alegrete fazem ‘sirenaço’ em homenagem a soldados mortos em Porto Alegre

Policias civis e militares realizaram um “sirenaço” nesta sexta-feira (28) em homenagem aos dois soldados da Brigada Militar mortos em um tiroteio em Porto Alegre. Os PMs Rodrigo da Silva Seixas, de 32 anos, e Marcelo de Fraga Feijó, 30, foram baleados na noite de quarta-feira (26).

O corpo de Feijó é velado no Cemitério Serapião José Goulart, em Viamão. Ele era casado e tinha um filho de dois anos. O velório do soldado Seixas será realizado na Câmara de Vereadores de Caçapava do Sul. Ele também era casado e pai de uma menina. As homenagens serão realizadas nos horários de sepultamento de cada PM, o primeiro às 10h e o segundo às 15h.

No total, cinco viaturas, três da Brigada Militar e duas da Polícia Civil, com giroflex ligado foram estacionadas na Praça Getúlio Vargas em frente ao Banrisul e, durante um minuto houve um sirenaço. O ato está sendo realizado em vários municípios gaúchos desde ontem. Era visível a emoção de cada policial pela perda dos colegas, heróis que tombaram em combate.

Em algumas cidades, a Polícia Civil, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal juntaram-se aos policiais militares, policiais rodoviários e bombeiros.

A ocorrência:

Os policiais entraram no “Beco da Bruxinha” por volta das 22h de quarta-feira. O primeiro policial teria sido recebido a tiros por bandidos que estavam em cima de uma casa. O colega tentou prestar socorro e também foi atingido.

Eles foram levados ao Hospital de Pronto Socorro (HPS), mas não resistiram. A dupla trabalhava no Pelotão de Operações Especiais do 19º BPM.

O comandante do batalhão diz que o patrulhamento era um procedimento de rotina.

“Eram seis policiais em duas viaturas. Era uma tropa treinada, uma tropa especializada do batalhão, treinada, que infelizmente deu esse confronto”, comenta o comandante do 19º Batalhão, tenente-coronel Kefren Castro de Souza.

O suspeito que morreu durante a ação é Cleber Josué da Rosa, de 44 anos. O filho dele, Lucas Yago da Rosa, de 19 anos, foi baleado e preso.

“Tanto o Cleber como o Lucas eram seguranças na boca de tráfico daquele local. Então, assim, fato que corrobora a versão apresentada pela Brigada Militar de que foram surpreendidos com tiros quando ingressavam naquele beco”, afirma o delegado Guilherme Gerhardt.

Sem tornozeleira

O policiamento foi reforçado no local do tiroteio. Segundo a polícia, os dois suspeitos tinham antecedentes. Cleber por roubo e homicídio, e Lucas por tráfico de drogas.

Lucas deveria estar cumprindo uma pena de oito anos no regime semiaberto mas, por falta de vagas, foi encaminhado para o sistema de tornozeleiras eletrônicas. Só que não havia equipamento disponível e, por isso, ele não era monitorado.

De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária, até o fim de agosto, 5 mil novos equipamentos estarão disponíveis, com prioridade para a Região Metropolitana de Porto Alegre.

A Secretaria diz ainda que os detentos que estão sem a tornozeleira não ficam sem controle. Todos tem que se apresentar periodicamente aos órgãos de segurança, sob pena de serem considerados foragidos e perderem o benefício concedido pela Justiça.

Flaviane Antolini favero

Com informações G1