Proprietária de lar de idosos é presa em operação de combate a maus-tratos em Porto Alegre

Ação vistoriou 13 locais na Capital e verificou denúncias em Santa Maria. Data 15 de junho marca o Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa.

A proprietária de duas instituições de longa permanência para idosos (ILPI) foi presa em flagrante, nesta terça-feira (15), data que marca o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa.

Em cumprimento de mandados, durante a Operação Senectus, a Polícia Civil encontrou uma idosa amarrada, sem recomendação médica para tal, em um dos lares mantidos pela mulher presa, que foi autuada em flagrante por cárcere privado.

De acordo com a delegada responsável pela ação, Cristiane Ramos, em um segundo local, foram encontrados pacientes psiquiátricos junto com os idosos, o que é irregular. Equipes da Vigilância Sanitária e da Assistência Social foram chamados para providenciar a transferência dos moradores. Os locais podem ser interditados.

Em outras 11 casas verificadas durante a ação em Porto Alegre, os policiais não encontraram irregularidades graves.

A delegada ressalta que as visitas presenciais aos lares de idosos foram restritas na pandemia, o que fez com que situações de violência aumentassem.

“As famílias não estão conseguindo acessar os idosos, e quando conseguem acesso, eles já estão no hospital ou falecido, o que indica maus-tratos”, explica a delegada.

 

A Delegacia de Proteção a Pessoa Idosa de Capital investiga casos de maus-tratos seguidos de mortes em instituições da Capital.

“A gente sempre dá a orientação que a família esteja presente na geriatria, e escolha bem, com referência. E nesse momento que solicite vídeos, tentar fazer videochamadas”, aconselha a delegada.

Há casos, também, de abandono da própria família.

“Isso foi uma fala, inclusive, de algumas instituições, de proprietárias que reclamaram. A família tem a obrigação do cuidado do idoso, mesmo o institucionalizado, e pode responder por abandono”.

 

Na Região Central do estado, em Santa Maria, foram verificadas denúncias a respeito das condições de vida dos residentes. São investigados indícios de crimes, como maus-tratos, abandono e questões envolvendo delitos financeiros, como retenção de cartão de aposentadoria.

Fonte: G1