Rafael Salomão, o alegretense expert na gastronomia gaúcha

O alegretense Rafael Salomão, nasceu em março de 1977. Por conta da profissão do pai Paulo Cesar Fagundes Salomão, passou por várias cidades. Filho de bancário, morou na Bahia, Santa Catarina e algumas cidades do RS.

“Fiquei pouco tempo no Alegrete. Mas aprendi muita coisa aqui”, conta Salomão. Aos 12 anos retornou para Alegrete, cidade onde moram seus pais, Paulo e Maria do Carmo.

Ele conta que herdou o gosto pela cozinha com os familiares. Do antigo Café Centenário, do tio Mansur Salomão, ele gostava de trabalhar no local sempre que visitava o tio. Com o avô, Antônio Salomão, conhecido por ensinar a arte da datilografia, Rafael aprendeu os dotes da arte de cozinhar. Já com a avó materna, aprendeu lidar com massas.

São quase 30 anos de cozinha, mas antes o alegretense se formou em Ciências Biológicas, já morando na Capital, onde reside atualmente. No ramo da biologia atuou por dois anos como consultor.

Mas Rafael teve de escolher entre seguir na carreira de consultor ou tomar outro rumo. Até hoje brinca que tinha que escolher a biologia ou qualquer coisa. Acabou escolhendo qualquer coisa.

Fez um curso técnico em Alta Gastronomia, não chegou se especializar, mas já são 15 anos no ramo profissionalmente. Em Porto Alegre, ficou por 7 anos, no Estação do Alegrete, fez sucesso com pratos prontos. Destaque para o sanduba, marca registra. Ali ele colocou em prática tudo que aprendeu no curso. Trabalhou em dezenas de bares e cozinhas da capital. Atualmente, está no Jovial. Na cozinha que cabe uma pessoa e meia, Rafael é o cozinheiro. Num sistema de rodízio de profissionais, atende no conceituado Jovial. Além de cozinhar em bares de Porto Alegre, ele participa de eventos, como chef de cozinha.

Por conta na pandemia, já são 90 dias sem atuar no Jovial. Rafael se reinventou. Perito no gosto de cozinhar e assar no carvão, ele é expert no churrasco e defumado. Fez um curso de massas, porém não levou adiante.

Na Capital dos gaúchos, o alegretense cobra o escanteio e vai na área cabecear. Ele cozinha e entrega os pedidos para os clientes.

Uma feijoada de dar água na boca, ou em dias frios aquele mocotó “cola-beiço”, como apelidou o saboroso prato que serve em porções. O faturamento com as vendas está mantendo o alegretense em Porto Alegre.

Rafael seguidamente visita os pais em Alegrete. Diz que mantém a cultura e o sotaque da terra natal. Na próxima semana, estará em Alegrete. O cardápio vai depender do clima. “Cozinhar para meus conterrâneos é especial. Vamos ver o que podemos oferecer”, afirma Rafael Salomão.

Júlio Cesar Santos                            Fotos: acervo pessoal