Retrospectiva PAT| Assassinatos cresceram em 2023 em Alegrete; veja a cronologia dos crimes

Alegrete, ao longo do ano de 2023, registrou um aumento nos índices de crimes contra a vida em comparação ao ano anterior.

Os números revelam 15 homicídios, três a mais do que os 12 registrados no mesmo período de 2022. Março e outubro se destacaram como os meses mais violentos, totalizando três casos cada.

Além da elevação nos homicídios, o feminicídio também teve um aumento significativo, com três registros ao longo do ano. Paralelamente, mais de 20 tentativas de homicídios, em diferentes bairros da cidade, incluindo Renascer, Nilo Soares Gonçalves, Vila Nova, Capão do Angico, Centenário, Saint Pastous, Pedreiras, Novo Lar , Prado e Progresso envolvendo vítimas com idades que variam entre 17 e 72 anos.

O primeiro episódio de violência ocorreu logo após a virada do ano, quando Vinícius dos Santos Cardoso, conhecido como Neimarzinho, 20 anos, que foi brutalmente executado a tiros no bairro Renascer. As autoridades informaram que um indivíduo se aproximou a pé, efetuando disparos à queima-roupa, lançando um sombrio prelúdio para o ano que se iniciava.

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Março, por sua vez, testemunhou o descobrimento de um corpo, posteriormente registrado como homicídio. Yuri da Silva Cordeiro, de 49 anos, foi encontrado com ferimentos na cabeça, sendo conhecido do proprietário da residência no bairro Vila Nova. Além disso, ossadas descobertas em um campo foram identificadas como pertencentes a Romário Pires Brum e Vitor Teixeira dos Santos, que estavam desaparecidos desde o início do ano.

Abril marcou mais um trágico episódio com o homicídio de Auri Vieira Trindade, 58 anos, ocorrido após uma discussão em um bar na Cidade Alta. O autor, um homem de 70 anos, teria ido até sua residência buscar uma arma de fogo e uma faca antes de cometer o ato violento.

Os meses subsequentes continuaram a contar histórias sombrias, com mortes como a de Paulo César de Oliveira Prates, pedreiro de 46 anos, encontrado morto a tiros em junho, e Vinícius Ferreira Rodrigues, conhecido como Reco, morto com um tiro na nuca em julho.

O caso que ganhou maior repercussão foi o desaparecimento e posterior assassinato de Priscila Ferreira Leonardi, enfermeira de 40 anos, cujo corpo foi encontrado às margens do Rio Ibirapuitã, evidenciando estrangulamento como a causa da morte. Os autores foram presos, incluindo o primo.

Agosto trouxe a triste notícia da morte de Flávio Pinto dos Santos, de 28 anos, encontrado morto e queimado com uma corda no pescoço em uma área de mata próxima ao bairro Canudos, após uma angustiante busca de sua família.

Setembro registrou a morte de Rosmi Romário Reinoso Anacleto, de 36 anos, conhecido como Xuxinha, na Santa Casa de Caridade de Alegrete, após ser alvejado por seis disparos de arma de fogo no bairro Novo Lar.

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Outro episódio de violência ocorreu em outubro, com o assassinato de Joberson Silva Vieira, de 36 anos, em sua residência no bairro Saint Pastous, cujo modus operandi assemelhou-se a outros casos recentes na cidade.

Sérgio Augusto Silva dos Santos, conhecido como “Cabeça de Gato”, de 60 anos, tornou-se vítima em outubro, atingido por disparos de arma de fogo em frente à sua casa no bairro Promorar.

Igor Sabino Lopes, de 29 anos, teve um trágico fim em outubro, sendo assassinado com cinco facadas. O agressor, que desferiu três facadas no tórax e duas na perna da vítima, foi preso.

Aline Severo dos Anjos Grande, 34 anos, não resistiu às agressões e faleceu na madrugada de 27 de outubro, após ser espancada. Seu companheiro foi preso como suspeito do crime.

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O último registro de violência do ano ocorreu em novembro, com o assassinato de Lucia Maria Ferrão, de 55 anos, encontrada desacordada em sua residência no bairro Nossa Senhora da Conceição. O suspeito foi preso pela Brigada Militar após investigação.

A Polícia Civil de Alegrete continua investigando e trabalhando para identificar os responsáveis pelos crimes que ainda não tiveram a autoria. Diante da greve da categoria, não há como dar mais detalhes.

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