Era grande a expectativa entre os pecuaristas da Fronteira Oeste para a reunião prevista para esta terça-feira (14) entre executivos do Marfrig e representantes do Governo do Estado.
No entanto, o encontro foi adiado para a próxima semana. A reunião aconteceria durante a 72ª Exposição Agropecuária de Alegrete, e teve de ser remarcada em razão de uma missão da União Europeia no frigorífico em Bagé.
O presidente do Sindicato Rural, Pedro Piffero, explicou que se trata de uma questão que interessa a todos, pois envolve exportações da nossa carne: “achamos por bem adiar a reunião e garantir a presença de todos”, afirmou.
Atualmente, são 680 funcionários na planta da Marfrig em Alegrete, que segue operando normalmente, com uma média de 500 abates por dia.
No mês de agosto, a empresa chegou a anunciar o fechamento da unidade, com alegação de escassez de gado no Rio Grande do Sul. Após um apelo do Governo Estadual, e promessa de negociação, o Marfrig acabou recuando e dando sobrevida a um dos maiores frigoríficos do RS.
“Tivemos avanços grandes desde então, especialmente em questões tributárias”, garantiu Claudio Fioreze, Secretário Estadual da Agricultura.
De acordo com o Secretário, entre os 16 itens solicitados pelo Marfrig, para manter a planta em Alegrete, boa parte já está encaminhada, no quesito que compete a substituições tributárias, crédito presumido e linhas de financiamento específicas.
Há reivindicações, porém, que demandarão tempo maior, como a implantação da rastreabilidade bovina e mudanças na legislação ambiental.
Um dos pedidos é para flexibilização das regras para criação de animais em confinamentos. Dispostos a colaborar para manter o frigorífico em Alegrete, pecuaristas da região também formataram sugestões. Uma visa a reduzir a reclamação das indústrias de falta de matéria-prima no Estado.
Uma principal reivindicação será a solicitação do pagamento à vista aos produtores e remuneração não apenas pelo peso vivo, mas por rendimento de carcaça.
Enquanto acontece a maior feira de rústicos do Rio Grande do Sul e 2 ª maior de Argola no Parque Dr. Lauro Dorneles, os pecuaristas aguardam apreensivos a reunião que definirá o futuro da planta do Marfrig em Alegrete.