Rio Grande do Sul passa pelo momento mais crítico da pandemia do coronavírus, Alegrete mantém bandeira vermelha

Pela primeira vez, todas as 21 regiões Covid estão em bandeira vermelha no mapa preliminar.

Desde que retornou oficialmente para bandeira vermelha, na última terça-feira(24), os casos positivos da COVID-19, em Alegrete, permaneceram em alta, além de um óbito que ocorreu na última quarta-feira(25).

Modelo de Distanciamento Controlado chega à 30ª rodada com pior momento da pandemia no Estado. “Estamos vivendo uma segunda onda de coronavírus no RS”, alerta Leite, ao divulgar mapa preliminar do Distanciamento Controlado.

O Rio Grande do Sul passa pelo momento mais crítico da pandemia de coronavírus. Com o número de pacientes internados em leitos clínicos e em UTIs atingindo o pico da série histórica, o mapa preliminar da 30ª semana do Distanciamento Controlado, divulgado nesta sexta-feira (27/11), traz, pela primeira vez, todas as 21 regiões Covid em bandeira vermelha (risco epidemiológico alto).

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Na quinta-feira (26/11), o Estado chegou a 1.183 pacientes hospitalizados por conta do coronavírus e a 775 pessoas internadas em leitos de UTI. Com a manutenção do total de leitos e o aumento de 13% nos pacientes confirmados por Covid-19 internados em UTI, houve nova redução de leitos livres, chegando ao menor nível desde o início do Distanciamento Controlado: 0,67.

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O quadro fez com que o indicador específico que mede a capacidade de atendimento do Estado como um todo recebesse a classificação de risco altíssimo (bandeira preta), cenário que se repete em cinco das macrorregiões (Metropolitana, Serra, Missioneira, Centro-Oeste e Norte).

Houve uma piora em diversos indicadores ao longo da última semana. O número de casos ativos para doença cresceu 13% e ultrapassou a marca de 21 mil pessoas que testaram positivo apenas nesse período.

Pela primeira vez, ao menos três regiões tiveram média ponderada que as aproximou da classificação final em bandeira preta: Bagé, Erechim e Uruguaiana. Além da situação piorar em toda a macrorregião Norte, Erechim foi a única que alcançou classificação de risco máximo nos quatro indicadores regionais.

A situação piorou significativamente no último mês. De 30 de outubro a 26 de novembro, os indicadores apontam elevação de 26% (de 830 para 1.047) no número de hospitalizações confirmadas pela doença e aumento de 30% (de 712 para 928) de internados em UTI por síndrome respiratória aguda grave (SRAG).

Além disso, o número de internados em leitos clínicos com coronavírus cresceu 54% (de 768 para 1.183) e o número de óbitos subiu 31%, de 211 para 276.

O mapa mais avermelhado já visto pelo Estado foi o preliminar da 15ª rodada, que apresentou 16 regiões com risco alto. Após recursos, o mapa definitivo, vigente entre os dias 18 e 24 de agosto, trouxe 14 regiões em vermelho.

Veja o mapa preliminar da 30ª rodada: https://distanciamentocontrolado.rs.gov.br

Das 21 regiões Covid – neste mapa preliminar, todas em bandeira vermelha –, apenas Uruguaiana, Bagé e Guaíba não apresentam protocolos próprios, geridos pelo sistema de cogestão regional.

 

Com informações: Suzy Scarton e Pepo Kerschner/Ascom SPGG

Foto: Alex Lopes