O vendedor de picolés, Rubnei dos Santos de 54 anos, parece não sentir o sol quente, o peso do carrinho e a extensa distância que faz todo dia a pé para garantir seu salário.
Agora que o calor deu as caras, ele percorre cinco bairros de Alegrete para ganhar a vida. O apito avisa que a carrocinha está passando recheada de todos os sabores.
O experiente vendedor de picolés diz que há 36 anos,nesta época, fatura um bom salário com a venda de uma das delícias do verão.
Eu canso,mas o esforço garante o sustento de meus cinco filhos, com a ajuda de minha esposa que faz faxina, afirma Rubnei. A família mora no bairro Nossa Senhora da Conceição Aparecida.
De lá, ele vem até o centro e na empresa para a qual trabalha enche o carro de picolés. Depois anda todos os dias,de segunda a domingo,mais de 25 km por dia.
– Agora tá um luxo o guarda sol ajuda a proteger e passo até filtro solar fala, calmamente, o trabalhador de umas das profissões mais antigas e que nunca sai de moda. Imagine na época que tinha só chapéu de palha e a gente tinha que andar empurrando o carro pesado usando chinelo de dedo .” E para se hidratar carrega sempre uma garrafinha de água.
Fotos: Vera Soares Pedroso