Salve, salve o axé da Imperatriz Praça Nova

Escola faz homenagem póstuma a Pai Antônio Carlos de Xangô e alerta para a volta do Carnaval como símbolo de força.

Encontro Canudos - Imperatriz

O canto começa com um chamamento a Obaluaê, orixá da cura e da doença, e ao baobá, que é uma árvore de origem africana que demonstra força. A palavra “cambinda” designa o grupo de negros que saía em desfile pelas ruas de Recife, saudando santos católicos, no que viria a ser a origem do maracatu. 

Xangô é considerado o deus da justiça, raios e trovões, é protetor dos intelectuais. Sendo assim, ele abençoa quem toca os atabaques. O homenageado é apresentado: Pai Antônio Carlos de Xangô, que foi referência no Rio Grande do Sul e outros locais que cultivam religiões afro-brasileiras, além de ter sido professor. 

Um adeus cedo demais; Guilherme, de 16 anos, morreu quando jogava basquete

A voz de Pai Antônio era tão forte que se ouvia em todo terreiro, ele ensinou a fé e a música. Até mesmo após sua morte se faz presente, com seus ensinamentos, sempre com axé (energia, força). 

A balança de Xangô representa a justiça. Já Iansã é uma grande lutadora e auxilia seu companheiro na descida para o rito com o toque dos atabaques. 

Na última parte, o Carnaval é exaltado e a escola voltou ao seu lugar, o samba, pronta para lutar e resistir ao som do batuque da grande Imperatriz. 

Encontro Canudos - Imperatriz
Bateria da Imperatriz da Praça Nova

Tambores de fé com o alagbe de Xangô: “Salve o mestre Antônio Carlos”!

Compositores: Paulo de Tarso Pereira e Leonardo Bessa

Intérprete: Leonardo Bessa 

Obaluaê, o Baobá

Era cambinda, babalorixá

Xangô lhe guia 

Ungiu o alabê,

Eu bato côco 

Uberecê 

Antônio Carlos de Xangô 

Era batuqueiro e professor 

Nasceu nas rendas de terreira, 

Sua voz bluzeira enchia os gongás e os ilês

Sua mão, ensinou bater com fé,  

Hojé é estrela num céu de Axé

Axé… Axé 

No coração dos orixás (bis)

Esta balança é de Xangô 

Gira na roda o nosso protetor 

Yan não sai do terreiro 

E das mãos do tamboeiro 

Ecoa o alujá

É resistência da Nação que não se cansa 

E num gesto de esperança 

Punho cerrado sempre pronto pra lutar (bis) 

O samba voltou ao seu lugar
Vermelha e branca é a nossa bandeira 

Guerreira Paixão sempre a resistir 

Batuque forte da Imperatriz  

Encontro Canudos - Imperatriz
Ensaios da bateria
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