
Assim foi o que aconteceu na manhã deste domingo(12), em Alegrete. Uma jovem, de 21 anos, recebeu essa ajuda, uma segunda chance e vai retornar para os cuidados da família.

Segundo informações da Brigada Militar, populares acionaram o Samu Mental, assim que perceberam que ela iria tentar algo contra si, na Ponte Férrea. De forma muito ágil e rápida, os profissionais chegaram no local e solicitaram o apoio da Brigada Militar que também foi fundamental para evitar uma tragédia.
Foi um bom tempo de conversa, atenção e convencimento para que ela aceitasse ajuda e fosse até o atendimento do Saúde Mental de Alegrete que realiza um trabalho referência no Município.
A jovem foi acolhida, recebeu ajuda e vai ter acompanhamento médico e psicológico. A Guarda Municipal também esteve no local.
Como ajudar alguém
Os familiares e amigos devem, sobretudo, se dispor a se aproximar de alguém que demonstra estar sofrendo ou que apresenta mudanças acentuadas e bruscas do comportamento. É preciso estar disposto a ouvir e, se não se sentir capaz de lidar com o problema apresentado, ir junto em busca de quem possa fazê-lo mais adequadamente, como um médico, enfermeiro, psicólogo ou até um líder religioso.
Outro fator importante a ser lembrado é que, caso a pessoa precise fazer uso de algum medicamento, ele não tem efeito imediato. Por isso, os primeiros 30 dias após uma tentativa de suicídio e o início do tratamento são os que precisam de mais atenção.
Na rede pública, a indicação é procurar os Centros de Apoio Psicossocial (CAPS) do Sistema Único de Saúde (SUS). Por lá, é possível marcar uma consulta com um psiquiatra ou psicólogo. O Centro de Valorização da Vida (CVV), fundado em 1962 em São Paulo, faz um apoio emocional e preventivo do suicídio pelo número 188.
É preciso falar sobre suicídio
Apesar dos mitos envolvendo o tema, a prevenção ao suicídio avança. Na década de 1980, um estudo nos EUA afirmava que essas mortes poderiam ocorrer por imitação. E esse trabalho reforçou a ideia de que “não podemos falar sobre o assunto”. Mais de 30 anos depois, a Organização Mundial da Saúde vai na direção contrária, dizendo que, sim, precisamos conversar sobre o suicídio.
Em Alegrete, o CVV chegou através do Núcleo de Apoio a Vida de Alegrete. Especificamente, neste mês, o CVV colocou lenços amarelos em estátuas e monumentos de Alegrete para lembrar a comunidade que todos devemos ficar atentos às pessoas com depressão ou algum comportamento diferente. O objetivos é um alerta para que a população valorize a vida e em consequência evitem o suicídio.