
Na última semana, depois da publicação de que um paciente com Covid-19 tinha sido transferido de Quarai para Alegrete, muitos questionamentos surgiram e, principalmente comentários raivosos que disseminaram algo tão letal quanto o vírus, o ódio. Algumas pessoas por falta de conhecimento e entendimento de como vai funcionar o trabalho dos profissionais da área da saúde em relação aos pacientes com suspeitas ou confirmados com o novo coronavírus. Por esse motivo, a reportagem entrevistou a médica pneumologista, Simone Estivalet, para elucidar alguns pontos do atendimento regional da Pandemia.
A Uti Covid -19 da Santa Casa de Alegrete foi organizada para receber pacientes suspeitos ou confirmados com o novo coronavírus.
“Somos referência para todo o Estado do Rio Grande do Sul, uma vez que esta unidade conta com equipe de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas treinados e capacitados para receber, cuidar e tratar estes doentes. Lembrando que todos usam equipamentos de proteção individual de forma adequada para garantir a sua saúde e segurança”- descreveu a médica.
Ela ainda explicou que, cada vez mais vem se criando centros de tratamento no interior do Estado, nas mais diferentes áreas como: Neurologia, Oncologia, Cardiologia, entre outros, com o objetos de desafogar os grandes centros e proporcionar um acesso mais rápido para o paciente ao Serviço de Saúde Especializado.
“Se a Santa Casa de Alegrete foi escolhida para ser um dos centros de referência para COVID-19, cabe a nós, nos colocarmos na posição do outro e sermos solidários, neste momento de tantas incertezas e angústia. Também nos orgulharmos de termos profissionais que se dedicam, que privam-se de horas de sono, do seu lazer com a família e colocam toda a sua boa energia e saber na arte de cuidar”- sintetizou.
A colocação da médica demonstra ainda mais o quanto é preciso a empatia. Que, em muitos momentos é grandiosa e demonstrada em vários aspectos, como em outras se transforma em egoismo. Muitas pessoas se posicionaram a favor e destacaram nas redes sociais o quanto alguns comentários foram “pesados”, pois o paciente também tem uma família, está lutando pela vida e, não será nesta situação que haverá um risco maior de contaminação e, sim em muitas outras situações que muitas vezes não são respeitadas, assim como ocorre em muitos dias em que há aglomerações de pessoas e falta de cuidados de higienização.