A direção da Santa Casa de Caridade e seu corpo técnico reuniram a imprensa na tarde de quinta-feira (15) para mostrar a realidade financeira do Hospital e dizer que sem o repasse, anunciado em setembro, de 4,4 milhão a situação é muito preocupante.
A realidade é muito delicada disse o provedor, Antônio Jorge Barcellos ao falar que sem este dinheiro não sabem o quê fazer .
Os atrasados que deveriam ter vindo do Estado, no valor de R$ 4,4 milhões, parte referente a serviços do SUS já prestados, em outubro e novembro de 2014 (1 milhão) e o demais de serviços de janeiro a agosto deste ano, ficaram só anuncio para a mídia, lembra Tailise Lemos diretora administrativa.
Com isso, o salário dos 570 dos funcionários atrasou. Com uma folha de R$ 1,6 milhão, a Santa Casa está com contas no negativo há três meses.
O Dr. Décio Sampaio Peres, diretor técnico da Santa Casa, salientou que a preocupação não é com os médicos, mas sim com os funcionários que não estão recebendo, porque a Santa Casa não tem dinheiro. No orçamento geral do Hospital, o dinheiro que vem do governo representa 70% do bolo. O restante de serviços prestados pelo SUS eles não recebem e continuam atendendo a comunidade
O dinheiro que entra da Prefeitura é para pagamento de alguns serviços, é verba específica, não pode ser usada para pagamento de funcionários ou outra finalidade.
A defasagem da tabela do SUS foi outro assunto levantamento em que de cada R$ 100 gastos, o SUS repasse 60% do valor, o resto a Santa Casa banca. O problema do SUS seria resolvido com o ajuste de uma tabela defasada, mas isso o governo não faz, disparou o diretor. Barcellos reconhece que a comunidade ajuda muito, através das campanhas solidárias que são realizadas, como o troco solidário, o valor a mais na conta de luz, a campanha da Panvel. Somente com o troco solidário, no mês passado foi arrecadado R$ 8 mil.Ajuda muito,reforçou Antônio Jorge.
Ele colocou que a muito custo estão conseguindo manter o hospital. Além de não vir o dinheiro, os custos de manutenção do hospital , como o oxigênio, a conta da luz e os medicamentos aumentam.