Saudade de Alegrete: do Baita Chão para a pequena Paraí, na Serra, Mara Bavaresco está há 10 anos longe da família

Na sequência da sessão Saudade do Alegrete, a reportagem do PAT recebeu a história da alegretense Mara Bavaresco que saiu daqui há 12 anos.

Ele disse que foi tentar a sorte em Caxias do Sul, onde residiu por quase 1 ano,( morando com conhecidas), nesse tempo, fez um concurso em uma cidade que fica perto de Caxias.

Com a aprovação e nomeação, mudou-se para Paraí, um cantinho da Serra com quase 8 mil habitantes. Quando saiu de Alegrete, Mara comenta que não tinha nada, foi na cara e na coragem.

Nos primeiros meses em Paraí, passou muito frio, até conseguir se organizar e ter um pouco de conforto. Mara cita que a cidade pequena não a conquistou de primeira e ela tinha vontade de buscar outra oportunidade, em outro Município.

Porém, o destino e o amor a fizeram mudar de ideia. Em um belo dia, durante uma caminhada com uma colega, a alegretense soube que um rapaz que elas passavam em frente à residência, era solteiro.
“Comecei a escrever cartas para ele ( sou formada em letras e pedagogia), deixava as cartas embaixo da porta e saia correndo, tinha medo que tivesse mulher(sorri ao lembrar). Um dia na caminhada deixei uma carta me apresentando, como eu era fisicamente e se ele quisesse me conhecer que me esperasse no asfalto. Desse dia em diante já se passaram 10 anos que estamos juntos” – descreveu.

 

 

Mara disse que depois do primeiro encontro iniciou o namoro e logo o casamento. Eles optaram por não ter filhos.
“Casei com uma pessoa maravilhosa e agradeço a Deus todos os dias pelo marido que tenho. Quando residia em Alegrete não tinha vida, morava com patrões, passei poucas e boas.
Hoje sou funcionária pública, meu marido Valdir Bavaresco trabalha com máquinas. E posso dizer que tenho a vida que pedi a Deus, sou realizada.” – enfatiza.

Mara vem a Alegrete uma vez por ano visitar a família, mas não pensa em voltar, pelo menos ainda não faz parte dos seus planos.

“Vendo o progresso daqui, dá uma tristeza cada vez que vou a Alegrete, pois não se desenvolve, não tem emprego, sem contar que o valor daí é demais. Sinto saudades dos bailes que saia no Juventude, às sextas de noite e quando tinha o Brega e Chique. Tempo bom.” – finaliza.

*Você que está longe, conte para gente onde você mora, o que faz e diga como é sua vida distante do Alegrete.

 

Sessão Saudade do Alegrete, contatos:

E-mail- [email protected]

WhatsApp- 55 999287002

 

Flaviane Antolini Favero