Sistema totalmente automatizado, único no Estado, realiza ordenha em propriedade de Alegrete

O prefeito Márcio Amaral, o secretário de Agricultura e Pecuária, Daniel Gindri e o empresário Deonir Martini, visitaram a propriedade do produtor Delvaci Cogo e da família Cogo, uma referência na ordenha robotizada e na pecuária leiteira. A propriedade da família adotou e promoveu a instalação do sistema de ordenha automática, uma inovação no Estado e antes visto apenas na Europa.

Cheias de leite no úbere, as vacas vão se aproximando sozinhas da sala de ordenha instalada no pavilhão. Assim que um animal passa a porta de entrada e se acomoda dentro da estrutura, um braço robótico começa a atuar. Em questão de segundos, a máquina encaixa as teteiras, por onde passarão litros do líquido com destino ao tanque resfriador. Enquanto isso, as demais vacas aguardam, do lado de fora, a vez para serem ordenhadas. Tudo acontece sem interferência humana.
Dentro de toda essa estrutura, um grande estábulo com cama de serragem em compostagem e o sistema robotizado de ordenha controlado por um software. As vacas se acostumam a entrar na fila da ordenha sozinhas, e acabam fazendo isso até cinco vezes por dia. Um braço hidráulico, sem qualquer interferência humana, executa automaticamente a limpeza das tetas, o estímulo à liberação de leite e a ordenha. O sistema funciona dia e noite.

Com 60 vacas, a propriedade produz cerca de 2.300 litros de leite por dia, uma média de 38 litros por animal.

Junto ao equipamento adquirido, foi instalado um software, que gera relatórios em tempo real sobre a produtividade e a saúde dos animais. A opção pela tecnologia mudou radicalmente a rotina na propriedade. De acordo com o produtor Delvaci Cogo, o avanço de produtividade também é reflexo da melhora do conforto dos animais, que vão para a ordenha quando querem. O aumento do número de ordenhas, que obedece o instinto das vacas, deixa o rebanho menos estressado. “A prioridade não é mais fazer a ordenha, mas sim tomar decisões em cima dos dados gerados pela própria máquina. Antes tu ficavas muito no acho e no se. Hoje, dá para gerir melhor a propriedade e decidir, por exemplo, qual vaca fica e qual é descartada”, relata.

 

Para o prefeito Márcio Amaral, este é um dos mais avançados investimentos dentro da cadeia leiteira que Alegrete possui. “Esse é um investimento alto. Não é pouco. E não é qualquer um que tem essa coragem de investir. Lembro que há poucos anos essa modernidade era só nos Estados Unidos e Europa. E tudo isso aqui está funcionando igual. A modernidade que eu via por vídeos está aqui, na nossa cidade, no nosso município mostrando que as coisas podem acontecer. Eu acompanho há muitos anos essa família. Vi tudo desde o começo, atendi eles pela Emater e como médico veterinário. Hoje vejo esse baita investimento, as melhorias estruturais para a adaptação ao sistema e aos equipamentos de primeiro mundo”, destacou o prefeito.

 

O secretário de Agricultura e Pecuária, Daniel Gindri, ressaltou que prefeitura sempre apoiou os produtores e destacou que a sucessão rural é garantia da tradição ensinada no dia a dia do campo. “Isso a gente presenciou nesta família, onde os filhos foram estudar e voltaram para tocar o negócio. Agora eles colhem os frutos das sementes que plantaram. E é um orgulho ver que o empenho deles está promovendo a continuidade com mais qualidade, mantendo a nossa cultura rural ativa e crescente. Quanto maior é o investimento em tecnologia, mais Alegrete e região se desenvolvem e mais o mercado fica aquecido”, afirma Gindri.