Superatleta alegretense completa os 100 km da Eco Trail do Taim em Rio Grande

Nos dias 18 e 19 de janeiro de 2025, a cidade de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, foi palco da 4ª edição da Eco Trail do Taim 100km, uma das ultramaratonas mais desafiadoras do Brasil.

A alegretense Elvira Paim, radicada em Porto Alegre, completou a prova mais uma vez. Aliás ela participou de todas edições já realizadas.

A Prova Eco Trail do Taim teve sua primeira edição em 2022, com percursos que contemplam a Reserva Ecológica do Taim, localizada na cidade de Rio Grande. A organização geral é de Ângelo Benitez, treinador da Assessoria Esportiva Fabrica de Atletas.

A superatleta Elvira conseguiu mais uma vez terminar a supermaratona de 100km. Atualmente a prova larga do Balnerário Capilla, situado às margens da Lagoa Mirim.

No início da tarde os desafiantes passam a enfrentar passagens de arroios, terreno arenoso, irregular e expostos ao sol de janeiro. Após mais de 38 kms de estradas, margeadas por plantação de pinus, foi a vez de chegar na maior praia do mundo – Balneário Cassino.

Dali em diante, o desafio entra noite adentro. “Boa parte da prova; muitas vezes enfrentamos sozinhos a imensidão do lugar”, destaca a alegretense.

A chegada tem tempo limite de 20 horas, nas proximidades da Estátua de Iemanjá, no Balneário Cassino. Experiente, com participação nas quatro edições, Elvira conta que essa edição, estava desafiadora, pelo calor, e pelo o que ele provoca no corpo.

Leia mais: Zulmira Prodócimo, cadeirante e com 80 anos, ainda trabalha e sua vida é marcada por milagres

“Tive desconforto estomacal, vomitei muito, na primeira parte da prova, e um dos diferenciais dessa prova, as pessoas extremamente dedicadas que fazem parte da organização como um todo, tem no trabalho das fisioterapeutas e demais profissionais da saúde um grande apoio aos atletas”, pontua.

Elvira fala que com a parceria de companheiros de corrida, muito incentivo, faz com que o atleta supere as questões físicas e emocionais. “Cheguei quase estourando o tempo limite, por conta das paradas na primeira parte da prova, até que já na praia a indisposição começou a passar. É um prova árdua, raiz, sem acesso a algum recurso mais complexo, em que o atleta deve carregar equipamentos obrigatórios tais como: corta-vento, camisa técnica, uma calça técnica, itens de primeiros auxílios, mantas aluminizadas, para enfrentar o clima imprevisível do litoral do extremo sul do Estado. Além disso, tem a obrigatoriedade de largar, com 3 litros de água”, explica.

Leia mais: Brigada Militar intensifica barreiras de fiscalização em pontos estratégicos da cidade

Nas bases de apoio, onde além da hidratação, era oferecido jantar, depois na quarta base, café da manhã. “A chegada é sempre emocionante para o atleta que completou três ediçoes ou mais. Pode escolher a música que tocará na sua chegada”, revela a corredora que chegou dançando depois de percorrer 100km. A música escolhida pela ultramaratonista foi Dancing Days com as Frenéticas
Um detalhe diferenciado é a construção da mandala, que forma o troféu ao final da prova, em cada base o atleta pega uma medalha, ao final ele montará o próprio troféu, que será uma das lembranças de quem passou pelo duríssimo, porém belíssimo percurso, explica Elvira.

O evento em Rio Grande contou com atletas de todo o Brasil. Ao todo foram 34 atletas competindo. Maria Linhares de Itaqui completou a prova em 1º lugar.

Fotos: reprodução

Se inscrever
Notificar de
guest
0 Comentários
Mais antigas
O mais novo Mais Votados
Comentários em linha
Exibir todos os comentários