Superlotado e sem nenhum caso de covid-19, presídio de Alegrete passa por outra fiscalização

O Presídio Estadual de Alegrete passou por mais uma fiscalização mensal. A visita contou com a Promotora de Justiça, Daniela Fistarol e do Presidente da Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil da Comarca de Alegrete, Valdir Freitas, representando o Conselho da Comunidade e do Juiz da Comarca de Alegrete Dr. Rafael Echevarria Borba, que comandou a atividade.

Com capacidade para 81 presos e com o anexo que está interditado local que comportaria 59 apenados, o presídio estava com 162 presos nesta semana. O juiz parabenizou o trabalho da equipe da Susepe, e ressaltou mais uma vez as dificuldades de administrar um presídio nesta situação de superlotação.

“Agradeço ao trabalho dos estagiários, voluntários e servidores da Vara Criminal de Alegrete, pois mesmo com todas as dificuldades da pandemia não há nenhuma reclamação dos presos em relação a tramitação dos processos” comentou o magistrado.

Echevarria destacou ainda, que nesse passo por causa da pandemia os presos estão sem visitas há mais de um ano e, com o trabalho dedicado de todos, não foi apresentada nenhuma reclamação pelos representantes dos presos.

Além da averiguação in loco, da reforma do pátio, da quadra de esportes e banho de sol, também foi conferida a nova aparelhagem de videomonitoramento instalada com verbas do fundo de penas alternativas.

Outro item positivo é de que não há nenhum caso de covid-19 no PEAL. Desde o início da pandemia já foram registrados 39 casos na penitenciária de Alegrete, todos cumpriram o período de isolamento e após foram encaminhados para suas celas.

O Juiz Rafael Borba, ainda não confirmou a data da realização de uma audiência pública para tratar da interdição parcial do presídio e das necessidades de melhorias do sistema prisional na Comarca de Alegrete. “Será convocada audiência pública para tratar sobre a interdição parcial do Presídio Estadual de Alegrete em vista da superlotação, da falta de agentes (especialmente femininas) e da necessidade de ampliação do monitoramento eletrônico na Comarca”, explicou.

Júlio Cesar Santos                                                 Fotos: reprodução