“Transporte coletivo de Alegrete agoniza”; a afirmação é de João Nogueira presidente do STU

O ano termina com as constantes reclamações contra os serviços de transporte coletivo de Alegrete. As duas empresas que operam na cidade, a Vaucher e a Nogueira sentem as críticas pelo serviço que, em muitos casos, deixa a desejar. São atrasos, carros que estragam que irritam e geram descontentamento de usuários.

O presidente do Sindicato do Transporte Coletivo de Alegrete- STU, João Nogueira, diz que o preço da tarifa em 36 meses teve dois reajustes, totalizando 13%, sendo o último em fevereiro de 2019, e isso está matando o trabalho das empresas. Informa que só em 2019, o combustível subiu 11 vezes.

-Pelo cálculo, de todas as despesas para operar, hoje, temos que ter uma tarifa a 4.25 centavos e na realidade esta em três reais.  -Trabalhamos mal e como presidente do STU protocolei, no último dia 23 de dezembro, a solicitação de aumento de tarifa.

-Se continuar com esta tarifa, em seis meses as duas empresas vão parar, porque além disso enfrentamos a oncorrência de transportes clandestinos, queda em 22% de passageiros, extrema gratuidade que hoje chega em 30%, as ruas por onde passam os ônibus em péssimas condições, pontuou Nogueira.

Ele disse que está operando com o limite de banco, para manter a sua empresa em atividade, o que é um péssimo sinal e espera que o Prefeito estude o pedido de reajuste de tarifa, senão podem parar e quem vai ser prejudicado serão os usuários.

Também lembrou que aguardam anciosos a licitação para os serviços de transporte coletivo que já foi para a Prefeitura que fez ajustes e, segundo Nogueira já retornou à Câmara. Com esta licitação, outras empresas poderão concorrer para prestar este serviço aqui no Município.

Entre as duas empresas, hoje, 13 carros fazem as linhas de transporte coletivo em Alegrete.

Nogueira falou, ainda, que se diminuiu em 22% o número de usuários, e com isso terão que redimencionar e diminuir mais linhas, porque do jeito que está é insuportável manter gastos sem o retorno, concluiu.

Vera Soares Pedroso