Completou na segunda-feira, 1 º de dezembro, uma semana de estacionamento rotativo na cidade. De lá para cá, muitos usuários relatam que continuam com dúvidas e não concordam como o sistema que está sendo implantado na cidade. O Portal Alegrete Tudo foi às ruas e entrevistou alguns motoristas para saber como eles avaliam o novo sistema que foi implantado no trânsito de Alegrete.
O cabo Eric Gomes diz que o rotativo é bom porque têm alguns motoristas que exageram e deixam o veículo o dia todo, tirando a vaga de outro. Em contrapartida, acha que o controle está meio confuso, não tem como os motoristas que vem rápido ao centro andar atrás de servidores para pagar o estacionamento.
O comerciante Cleomar Zamberlan, do ramo de confecções, disse que até agora não mudou nada em relação às vendas em sua loja. O comércio para ele, e de um geral, está parado. Ele conta, que só o que ele ouve de quem chega a sua loja é reclamação sobre o rotativo.
Luis Alberto Izolan avalia que em uma semana não dá pra se ter uma ideia do rotativo. “Acredito que estamos em adaptação, pois o início da cobrança iniciou no final do mês. Senti, num primeiro momento, um esvaziamento do centro, mas isso não chegou a refletir no comércio”.
Uma comerciária de 32 anos, que trabalha na Rua dos Andradas relatou que em dias de chuva costuma usar o carro para ir trabalhar, e nos primeiros dias de estacionamento resistiu em pagar o rotativo. Preferiu deixar o carro em áreas livres, próximo à loja onde trabalha.“Eu não tenho como pagar a vaga por duas horas e retornar no local para trocar de lugar, por isso deixo onde não preciso pagar”, explica a comerciária.
Para outra usuária, o sistema causou indignação na primeira vez que teve de estacionar na Andradas. Aline Fonseca foi ao centro com sua mãe e estacionou numa vaga, esperou uns 5 minutos e nada de algum agente do Rotativo vir emitir o ticket. Elas desceram do carro e foram às compras, mas surpresa ficou para a volta: um papel com um aviso de irregularidade.
A motorista foi ao encontro da funcionária para ver o que aconteceu, andou duas quadras e nada de encontrar os agentes. Somente depois de 10 minutos avistou uma das moças, parou o carro e perguntou o que era aquilo.Ela foi informada que é uma multa por não estar perto do carro quando o agente passou pela vaga ocupada. “Daí eu te pergunto, tenho casa, marido e panelas me esperando, eu tenho que esperar ela? Minha vida não para, tenho outras coisas para fazer”, relata indignada.
Na central da BR Parking foi atendida e recebeu informações que são 5 reais e 3 pontos na minha carteira, caso não pagasse. “Cadê os parquímetros, não seria bem melhor implantar algo desse porte, no mínimo, queremos rapidez, como exigimos no comércio e em qualquer outro lugar onde se paga um bem ou serviço”, argumenta Aline.
Nesta tarde de terça-feira (2), um proprietário de um veículo estacionou próximo ao cruzamento da Andradas com a Gaspar Martins e ficou no carro enquanto sua esposa resolvia um problema em uma loja comercial. Ele conta que foram 12 minutos de espera e nada de aparecer um agente da BR Parking. “Agora se acha vaga, mas não se acha para quem pagar”, protesta o empresário de 41 anos.
Entre muitos relatos há total falta de explicação por parte da empresa responsável pelo serviço na cidade. Muitos motoristas não sabem a quem recorrer.
Há ainda que reclame que não bastasse os problemas iniciais, outras áreas livres estão sendo preenchidas com estacionamento de veículos que escapam da cobrança das taxas. Ruas paralelas ao Estacionamento Rotativo estão lotadas de carros, enquanto sobram vagas no perímetro central.