Há duas semanas, a maioria dos ônibus que fazem o transporte coletivo de Alegrete implantaram um sistema de catraca nos veículos. Além da roleta normal, logo na entrada do carro, para descer o usuário precisa passar por outra roleta fixada antes dos degraus.
Várias reclamações chegaram até a redação do Portal Alegrete Tudo. Uma senhora de 55 anos conta que passou um sufoco, pois é obesa e por pouco não ficou trancada numa dessas catracas. “O pessoal me ajudou e quase não desci; o motorista já ia acelerando o ônibus”, conta indignada. Outro caso foi de um rapaz que precisou levar seu pai até agência do INSS para uma perícia. Ao descer do coletivo passou um sufoco. Como seu pai usa muletas foi preciso ajuda do cobrador para conseguir descer na avenida Assis Brasil.
Uma moradora da Zona Leste relatou que as catracas estão constrangendo. “Minha vizinha não usa mais o ônibus, pois disse que não consegue descer na catraca”, revela apavorada com a situação.
Em um desabafo pelas rede sociais o caso é amplamente discutido.
“O transporte público de Alegrete sempre foi ruim, mas agora anda se superando..Não entendo a finalidade dessa roleta na saída do ônibus, é uma falta de respeito com quem precisa dessas sucatas, porque acredito que ninguém pega ônibus por diversão, é uma dificuldade para as pessoas idosas, até pra quem não é, não basta essas ruas cheias de buracos que os motoristas ignoram e andam correndo, tem que dificultar mais um pouco a vida das pessoas”, uma das postagens mais contundentes sobre o caso.
A reportagem tentou contato com a empresa Nogueira Transportes para saber sobre o processo de implantação da segunda roleta, foram cinco ligações não atendidas e duas visitas até o portão da empresa, quando fomos informados que os responsáveis estavam em reunião.
Nas ruas o descontentamento é geral, poucos aprovaram a catraca. Nem todos os coletivos possuem a segunda catraca, mas nas principais linhas o serviço já está operando. Não há avisos e nem informações da implantação do novo sistema.
Pelas principais ruas onde passa o transporte coletivo há fiscais controlando os horários determinados pelas linhas, e ninguém se pronuncia sobre as catracas tão contestados pelas pessoas que usam os ônibus no perímetro urbano em Alegrete.