Veja o que o morador dessa “humilde residência” está fazendo pelo meio ambiente

Uma casa arrumada, limpa e organizada traz uma série de benefícios para toda a família. Além do bem-estar físico e mental, também relaxa e ajuda a saúde. É uma atividade para jogar fora o que não precisa e organizar melhor os objetos, dando mais praticidade ao dia a dia.

Assim também é com o meio ambiente. É preciso manter a organização, a limpeza e a responsabilidade de não agredí-lo para que muitos danos sejam evitados e o impacto negativo, se não for assim, será incalculável.

Entretanto, ainda se vê muito desrespeito com o planeta pelo descaso de alguns. Contudo há àquelas pessoas que se destacam, como é o caso do morador das imediações da ponte seca na rua Barão do Cerro Largo. Jerri Adriane da Silva tem realizado um trabalho de limpeza e também decorativo naquela área.

Em conversa com alguns moradores, eles acrescentam que ele tem contribuído muito para que o local fique limpo. Já, em entrevista ao PAT, Jerri disse que está há oito meses morando nas imediações da ponte. Ele destacou que desde então já retirou algumas toneladas de lixo e entulho, chegou a falar em cerca de 20. Foram sofás, geladeiras, animais mortos, eletrônicos, móveis, lixos domésticos entre outros.

Com a decoração da sua “guarita”(assim se refere à casa), digamos exótica, ele ressalta que muita coisa que tem, foi de reaproveitamento, reciclagem. Dentro do que relatou da sua história de vida, ressaltou ser um homem simples que gosta do mato. Disse que viveu boa parte da vida com pessoas que lhe acolheram e tinham condições financeiras de criá-lo o que não era a realidade da mãe biológica. Depois foi para Gravataí, onde viveu mais de 20 anos e retornou para Alegrete.

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Com seu espaço organizado, embora ele tenha muitos objetos dos descartes, não há acúmulo de “sucatas” em seu pátio, que é limpo e organizado.

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A vegetação nas proximidades da ponte, está sem o lixo que antes era o único visual, foi substituído pela limpeza e a decoração que realizou com algumas esculturas de uma escola de samba. Os bonecos foram colocados de forma estratégica, considera, para embelezar o caminho de quem passa pelo local. Ele também colocou nos postes de energia, uma peça de roupa para demonstrar que a população inúmera vezes realiza doações e campanhas, porém, boa parte dessas peças são descartadas de forma irregular.

Apaixonado pela construção civil, faz disso seu ofício e também oferece seus serviços na limpeza de pátios e outros.

“Amo o verde e Deus que é tudo pra mim. Respeito a natureza e sei que 30% do lixo vem parar aqui, pela falta de conscientização no descarte, por muitas vezes as pessoas economizarem no destino correto, pois para muitos é mais fácil chegar à beira do Rio, no próprio Rio ou em alguma área de vegetação e jogar o detrito que for, sem pensar nas consequências. Até pelas enxurradas e enchentes. E tudo isso, é sem cunho político, apenas pela satisfação de ver a natureza sendo cuidade.”- comentou.

Para finalizar, o morador ressaltou que nem tudo são flores e gratidão, que enfrentou algumas desavenças por algumas vezes que queimou algumas entulhos. Ele considerou que fez por ser uma necessidade e que somente realizou tendo conhecimento que não teria danos ou que poderia perder o controle da situação.

O que realmente fica desta atitude é que as pessoas que passam pela Barão do Cerro Largo em direção ao bairro Boa Vista, hoje, se deparam com uma cena muito diferente de alguns meses em que a sujeira e os entulhos se sobressaiam, agora, são as esculturas e a limpeza.

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Maíra Souto

Moro no bairro Boa Vista e, realmente o trabalho dele fez a diferença no caminho para cá, para quem vem pela Avenida Barão do Cerro Largo. O que antes víamos sujo e abandonado, à beira do “Regalado”, agora é limpo. E importante destacar que este morador, faz um trabalho voluntário de manutenção do trecho não pavimentado da avenida, pois aterra de forma manual (com sua pá e carro de mão) os buracos que a chuva provoca e a prefeitura não dá manutenção. Isto também deveria ter sido destacado nesta reportagem.