Mãe e filho estão morando na Rodoviária de Alegrete

Há duas semanas, uma mulher 52 anos e o filho de 29 anos estão “morando” na Estação Rodoviária de Alegrete.

A reportagem do PAT esteve no local e conversou com Maira Urresti, peruana, que veio ao Brasil em razão do filho e por um amor antigo, que ela conheceu em 2015. Ela disse que há 10 anos ele( o filho), sofreu um acidente de trânsito e ficou com sequelas.

“Morando” em um pequeno espaço embaixo de um plástico, ela disse que o Exército está auxiliando na alimentação.

Maíra falou que o seu maior desejo é conseguir um emprego e ter um local para ficar com o filho. Ela destacou que o jovem não pode ficar em alguns locais, por esse motivo acredita que Alegrete é a cidade mais tranquila para ficar com ele.

A Secretaria de Assistência Social esteve na rodoviária e ofereceu auxílio a senhora, mas ela explicou que devido ao problema de saúde do filho não teria como ficar no albergue. “Tudo o que eu preciso é de uma oportunidade de trabalho para que eu possa pagar um lugar para ficar com meu filho. Se alguém puder ajudar, agradeço muito.”

Antes de chegar em Alegrete, a mulher e o jovem estavam em Porto Alegre. Ela foi atrás de um emprego, mas não deu certo e teve que voltar. Como em 2015, esteve em Alegrete, a primeira cidade que pensou em ficar foi aqui, pois acredita que ela e o filho estarão seguros”.

Em contato com o assistente Social, Marcos Gottardo, técnico da Casa de Passagem de Alegrete, desde junho ele está auxiliando a peruana e o filho. Quando ela chegou no Município, foi oferecida ajuda. “À época, consegui uma passagem para ela ir a Porto Alegre e regularizar a situação ,pois está sem a documentação necessária  aqui. Depois de um tempo retornou e ficou na Casa de Passagem. Entretanto devido a alguns episódios, foi solicitado que ela fizesse atendimento junto ao CAPS AD e por não aceitar, ela saiu da Casa. Enquanto a senhora Maíra esteve lá com o filho, eles tinham alimentação e local para ficar, porém, precisam respeitar as normas. Diante de toda a situação, foi feito um relatório e encaminhado ao Ministério Público.”

Flaviane Antolini Favero