Número de pessoas fora de casa em função das chuvas no RS cai para 4,4 mil

Total de cidades atingidas segue em 167 e 141 decretaram situação de emergência

Uruguaiana enchente
Caiu de 7.590 para 4.439 o número de pessoas ainda fora de casa em função das chuvas do fim de junho e do início de julho no Rio Grande do Sul. Conforme um boletim atualizado pela Defesa Civil no fim da tarde desta quarta-feira, 633 pessoas permanecem desabrigadas e 3.806 desalojadas, em casas de amigos ou parentes. O total de cidades atingidas segue em 167, sendo que, dessas, 141 entraram em situação de emergência e duas em estado de calamidade pública. A situação mais preocupante persiste na Fronteira Oeste: em Uruguaiana ainda há 216 desabrigados e 2.690 desalojados – número que pela manhã era bem maior, de 5,8 mil.

Das 143 cidades com decretos emitidos, 136 enviaram laudos à Defesa Civil Estadual a fim de embasar um pedido de auxílio emergencial à União. Nessa manhã, o governo federal anunciou que vai liberar mais R$ 14 milhões após uma reunião, em Brasília, entre o governador Tarso Genro e os ministros da Integração Nacional, Francisco Teixeira, e do Planejamento, Miriam Belchior.

O valor, a ser liberado em até uma semana, pode ser utilizado pelos municípios para aluguel de máquinas, compra de combustível e pagamento de aluguel social para as famílias que não puderam ainda retornar para casa. Os novos recursos foram obtidos a partir da documentação encaminhada a Brasília detalhando os danos causados em cada município. Segundo o governo do Estado, R$ 8 milhões já haviam sido liberados pelo governo federal e utilizados em remédios, kits de limpeza e medicamentos.

Ainda segundo o governo do Estado, outros R$ 40 milhões foram prometidos pela ministra do Planejamento para reconstrução de estradas. Para conseguir esses recursos, o Executivo garante já ter iniciado, através do Daer, um relatório detalhado sobre os danos causados pelas chuvas nas rodovias. Em até 15 dias, o material vai ser entregue em Brasília e os recursos poderão ser utilizados para reconstrução de pontes, pontilhões e acessos destruídos pelas cheias.

Municípios que ficaram de fora de plano de resposta do Estado podem buscar ajuda individual

Os sete municípios que não encaminharam a documentação dos planos de resposta municipais – Erebango, Barão do Triunfo, Arambaré, Paraíso do Sul, Silveira Martins, Lajeado do Bugre e Santo Ângelo – terão uma nova alternativa para buscar apoio financeiro a fim de reparar o prejuízo. Isso porque, na primeira etapa de auxílio federal, serão atendidas apenas necessidades emergenciais, com as demandas maiores e menos urgentes ficando para um segundo momento.

Ao contrário da chamada fase de resposta, a fase de reconstrução pode incluir obras como reconstrução de pontes, estradas e demais demandas menos imediatas. Os municípios que não conseguiram encaminhar a documentação para participar do plano coletivo do estado podem aproveitar esse momento para pedir apoio. A assessoria de comunicação da Defesa Civil ainda adverte que, em caso de urgência, cada município pode requisitar apoio do governo federal para a fase de resposta de maneira separada.