O vice-governador do RS, José Paulo Cairolli mais os secretários de planejamento, administração, de modernidade e recursos humanos estiveram na tarde do dia 10 em Alegrete.
No salão Maria Amorin, do IEEOA, juntou-se à comitiva do governo do Estado prefeitos de Alegrete, da região, COREDE Regional, AMFRO, vereadores locais, de cidades vizinhas e servidores de órgãos estaduais. Ao centro a diretora do Oswaldo Aranha, Glaubia Jaques.
Cairolli disse que o governo tem um projeto de Estado e não de partido e de poder. O objetivo é melhorar a qualidade de vida de todos os gaúchos. – Fica claro que hoje o Estado é dividido em um Rio Grande produtivo e que cresce, e outro que gasta muito-referindo-se ao setor público.
O vice-governador salientou que para ajustar as finanças que hoje estão sangrando precisam da participação de toda a sociedade. “Viemos falar a verdade que é o primeiro passo, mostrar como estão as finanças públicas do RS e as alternativas para ajustar as contas.
O secretário de planejamento, Cristiano Tatscht falou que em 2015 vão faltar 54 bilhões aos cofres públicos. Sendo que é preciso desembolsar 30,8 bilhões para cumprir todos os compromissos. E a arrecadação prevista, em 2015, é de R$ 25,5 bilhões.
Ainda existe outros R$ 663 milhões em despesas realizadas e não pagas.-só para os hospitais chegam a R$255,1 milhões.
Pior ainda,informou ele, é que as fontes de financiamento se esgotaram: não há capacidade para novos empréstimos,os recursos do caixa único e dos depósitos judiciais estão baixos.
Ele lembrou que nos últimos 44 anos apenas sete governos gastaram menos do que arrecadaram no RS. “Não tem mágica, chegou a hora e, por isso estamos aqui abrindo “a caixa preta” do Estado.
Tatsch relatou que vão ouvir os COREDES, a sociedade e juntos reorganizar as finanças públicas que não é reflexo só do último governo,mas vem se acumulando ao longo dos anos. “Não se pode fechar os olhos, temos que trabalhar com um orçamento realista”
Ele finalizou dizendo que o governador Sartori não quer trabalhar só para corrigir a economia,mas para que o RS que vai bem (o agronegócio, setor privado) ajude o outro que precisa melhorar e, assim o Estado volte a crescer.
Flavio Pompermayer , diretor técnico da Secretaria de Planejamento, expôs mais detalhado a situação financeira do Estado.
Os estudos apontam que a dívida é tão grande que cada criança gaúcha que nasce hoje, já nasce devendo R$ 6mil 840 reais.
Se ficássemos sem pagar ninguém levaríamos dois anos para colocar as contas em dia,asseverou.
Para enfrentar esta situação o governo vem adotando medidas para tentar atingir o equilíbrio financeiro como: redução de despesas com horas extras,pagamentos de diárias, viagens, locações e novos contratos.
O orçamento do RS de 2015 foi reprogramado, estabelecendo cotas para despesas e custeios ajustados pela Secretaria da Fazenda com os demais órgãos do governo. A meta é obter uma economia de R$1,073 bilhão .