Alegrete| Defesa Civil em alerta para minimizar os impactos do frio sobre desabrigados

A temperatura de 2 °C registrada às 8h desta quarta-feira (25), aliada ao recuo das águas do rio Ibirapuitã — que atingiu a marca de 9,64 metros — tem mobilizado a Defesa Civil de Alegrete em ações para mitigar os efeitos do frio extremo sobre a população afetada pela enchente.

O município ainda contabiliza 176 pessoas desabrigadas. Na noite anterior, uma guarnição do Exército auxiliou a Defesa Civil na colocação de lonas no abrigo instalado no ginásio Eurípedes Brasil Milano. Como o espaço não é totalmente fechado, o vento gelado agravou a situação dos abrigados, especialmente dos idosos, que exigiram atenção redobrada.

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A Defesa Civil estima que aproximadamente 300 pessoas devem retornar para suas residências até o final do dia. A prioridade, no entanto, será dada àqueles que estão alojados em abrigos. Em razão do frio, o objetivo é esvaziar esses locais gradualmente ao longo do dia, à medida que haja condições de segurança para o retorno.

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O diretor da Defesa Civil de Alegrete, Adão Roberto, esteve reunido com o major Sandro, coordenador regional de Proteção e Defesa Civil. Na ocasião, discutiu-se a possibilidade de cadastrar o município no Programa de Ginásios Multiuso para Apoio Humanitário, promovido pelo governo do Estado.

O programa prevê a construção de 15 ginásios em municípios atingidos pelas enchentes, com investimento de R$ 55 milhões. A elaboração dos projetos e a fiscalização das obras ficarão a cargo da Secretaria de Obras Públicas (SOP).

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Além de oferecerem infraestrutura moderna e acessível para a prática esportiva e promoção da inclusão, os ginásios serão planejados para funcionar como abrigos temporários em situações de emergência climática. A estrutura contará com dormitórios coletivos e familiares, vestiários, área de convivência e espaço infantil. As divisórias internas serão metálicas, garantindo maior resistência e segurança.

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A iniciativa integra o Plano Rio Grande, programa estadual de reconstrução, adaptação e resiliência climática, voltado à preparação do Estado para futuros eventos extremos. “Estamos confiantes e vamos lutar para que o município seja contemplado”, afirmou Adão Roberto.

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