
E surgiu assim o questionamento: como fica a geração da energia solar – fotovoltaica para as placas solares.
A engenheira eletricista, Nathalie Lunardi, explica que realmente esses dias sem sol diminui a geração de energia que são acumuladas nas placas. Ela explica que não deixa de produzir energia, mas diminui a capacidade de geração e ainda suja as placas. E a sujeira também afeta a produção de energia.
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Ela diz que os sistemas de geração fotovoltaica necessitam da luz do sol (irradiação solar) para que possibilitem a conversão dessa luz em energia elétrica. Quanto maior a irradiação solar, maior a geração de energia. Na nossa região (Alegrete) o índice de irradiação solar médio é de aproximadamente 4,78, de acordo com dados da CRESESB – Centro de Referência para as Energias Solar e Eólica Sérgio de Sá Brito, estes dados são obtidos por meio de cálculos através do programa SunData para o dimensionamento dos sistemas fotovoltaicos.
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Abaixo podemos verificar os dados para nossa cidade extraídos do CRESESB, onde fica evidenciado os períodos de maior irradiação solar, de acordo com nossas estações.

A baixa luminosidade prejudica a geração de energia, isso significa que em dias com menos sol, dias nublados e chuvosos a geração de energia permanece, mas em menor escala. Nos últimos dias percebemos um céu nublado, com fuligem e fumaça, devido as queimadas em outras regiões do nosso país que chegaram no território gaúcho. -Essa “fumaça” além de prejudicial à saúde também afeta nossos sistemas fotovoltaicos. As queimadas podem afetar a produção de energia solar de várias maneiras.
A seguir algumas das principais formas:
• Redução da Luz Solar Direta: a fumaça e as partículas liberadas durante as queimadas podem bloquear a luz solar direta, reduzindo a quantidade de radiação solar que chega aos painéis solares. Isso diminui a eficiência dos sistemas fotovoltaicos;
• Acúmulo de Resíduos: a fumaça e as cinzas podem se depositar sobre a superfície dos painéis solares, criando uma camada que reduz a quantidade de luz que pode atingir as células fotovoltaicas. Isso pode ser especialmente problemático se os painéis não forem limpos regularmente;
• Alterações no Ambiente: queimadas também podem causar alterações no ambiente que afetam a produção solar. Por exemplo, elas podem levar a mudanças na qualidade do ar e na visibilidade, impactando a quantidade de luz solar disponível;
• Impacto a Longo Prazo: se as queimadas causarem danos prolongados à vegetação e ao solo, isso pode levar a mudanças no microclima local, afetando a radiação solar recebida e, consequentemente, a produção de energia solar.
A manutenção regular e a limpeza dos painéis podem ajudar a mitigar alguns desses impactos, mas a prevenção e o combate eficaz às queimadas são essenciais para minimizar esses efeitos no longo prazo.
Abaixo a imagem de um monitoramento da geração de energia de uma pequena usina, onde podemos perceber a diferença na geração de energia entre os dias 5 e 6 e, os dias 9 e 10 em que a fumaça chegou no território gaúcho e em nossa cidade.
