
No sul do Amazonas, assim como nos estados do Pará, Mato Grosso e na Bolívia, foram registrados elevados números de focos de incêndio em setembro. No Paraguai também foram registradas queimadas, cuja fumaça chega ao Rio Grande do Sul. Na sexta-feira (6), o Brasil contabilizava 2.758 focos de incêndio, de acordo com o Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), com focos em todos os biomas.
A fumaça das queimadas pode deixar o sol com uma coloração mais alaranjada, principalmente ao amanhecer e ao entardecer. Isso ocorre porque a luz do sol se dispersa na nuvem formada pela fumaça e reflete de volta, resultando em uma tonalidade mais avermelhada.
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A fumaça pode ser transportada para outras regiões pela circulação atmosférica. A poluição, aliada ao tempo seco, pode agravar problemas respiratórios, e a fumaça das queimadas contém micropartículas que podem ser inaladas, causando danos aos pulmões.
Bruno Brezenski, ativista ambiental que utiliza a metaciência para analisar dados sobre queimadas e a fumaça, fez um alerta nas redes sociais na manhã de domingo (8), destacando a insalubridade do ar. “Hoje acordamos já com muita fumaça em todo o Brasil. Atenção especial para os moradores do estado do Rio Grande do Sul e São Paulo, onde uma grande massa de partículas tóxicas está concentrada”, afirmou Brezenski.
O ativista ambiental e divulgador científico explicou em suas postagens que o “sol vermelho sempre indica uma grande concentração de gases e partículas. Elas refletem a luz azul para o espaço, permitindo que apenas o amarelo e o vermelho atravessem”. Essa foi a situação de Porto Alegre na tarde de sábado, quando inúmeras imagens do céu com o sol avermelhado circularam nas redes sociais.
Foto: Ninon Jardim