Uma desavença política seria o motivo da briga entre os dois integrantes do PP
O vereador de Lavras do Sul Paulo César dos Santos (PP), conhecido como Caju, teria agredido o assessor jurídico da prefeitura, Guilherme Bulcão, 32 anos, com uma corrente. Segundo a vítima, que também é filiada ao Partido Progressista, por volta das 8h, ele estacionou o carro em frente ao prédio da Câmara da Vereadores para ir trabalhar (a prefeitura e a câmara ficam no mesmo prédio). Quando tirou o cinto de segurança, viu pelo espelho que o vereador vinha em direção ao veículo com uma corrente no braço.
Caju teria batido no carro de Bulcão, que ao sair do veículo foi agredido nas costas e no braço. O assessor jurídico afirma que conseguiu agarrar a corrente e empurrar o vereador no chão.
— Ele estava em horário de trabalho e esta atitude é de um marginal, não de um homem que ocupa um cargo público — destaca o assessor.
Caju, que está no primeiro mandato como vereador, também registrou uma ocorrência na polícia, relatando o fato como um desentendimento entre os dois. O vereador afirma que na noite de quinta-feira, ao sair de uma fruteira no centro da cidade, o assessor teria jogado o carro para cima dele, com a intenção de atropelá-lo. De acordo com ele, na sexta-feira pela manhã, os dois se encontraram em frente ao prédio onde trabalham, e Bulcão teria saído do carro para agredí-lo. O vereador caiu no chão e ficou com hematomas no braço.
— Faço muito bem o meu trabalho, não uso arma, só que não posso admitir que alguém jogue o carro para cima de mim — frisou o vereador.
As versões para a desavença entre os dois também são diferentes. Bulcão diz que ela teria começado em 2012 quando houve uma convenção do PP no município para definir os nomes dos candidatos à prefeitura. Caju e o atual prefeito Alfredo Borges eram os concorrentes. Bulcão apoiou Borges, que venceu a convenção. Desde lá, dentro do partido, formaram-se dois grupos rivais.
Já o vereador alega que Bulcão foi assessor jurídico da prefeitura na gestão dele como vice-prefeito, de 2009 a 2012, e teria sido exonerado por mau comportamento, depois de fazer “baderna” no centro da cidade e capotar um carro. O assessor não teria aceitado a demissão.
A Polícia Civil de Lavras do Sul vai ouvir testemunhas amanhã e vai investigar o caso.
Fonte: DIÁRIO DE SANTA MARIA